Além das oliveiras
Além das oliveiras eu posso sentir-te
Como uma brisa que se deita sobre os montes
Ao observar-te de longe com o olhar triste
Pude ver a longitude em que te escondes
Neste coração cheio de vida
A de surgir um dia uma videira
Pois quando tu me olhares
Serás minha
Minha poetisa portuguesa
Além das oliveiras eu posso ver-te
A me espiar com olhos de Quimera
Como um céu azul que se aponta verde
Como um sol dourado de primavera
De longe para mim
Teus olhos são como um convento
Que almejo, anseio, e desejo
Um dia estar diante desses olhos
E desvendar todo o segredo
🌷
Navegante
É verdade que estudei em Sagres
E naveguei pelos mares a te procurar
Naveguei em oceanos brilhantes
De terras distantes até te encontrar
Te encontrei em versos perdidos de
Sonetos não lidos de amor e de mar
É verdade que estive contigo
Em poemas sofridos a repousar
Escondidos em corações aflitos
De amores esquecidos
Com sede de amar
É verdadeiro tudo que sinto
E apesar de nunca termos nos visto
Eu tenho certeza
Que meu amor por ti portuguesa
É maior do que tudo
Maior até mesmo que o mar
Que cobre todo este mundo
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Lua nua
Em um véu prateado ela se cobre
Despontando no céu estrelado
Acaricia-me com sua bruma fria
Despertando meu coração apaixonado
Docemente ela se deita
Em nuvens cinzas e negras
E ao despertar na madrugada
Nua, cálida, fria, gelada
Me vigia com o olhar tépido
Silenciosa, iluminada.
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A flor mais bela
Tu és a flor mais bela
Poetisa enfeitiçada
Em teus versos vejo a lua
Docemente iluminada
Se tu és assim tão bela
Porque tão triste o teu querer?
Oh! Princesa portuguesa
Tenho tanto a te dizer
Tu és a luz de um candeeiro
De poemas verdadeiros
Tu és a chama de uma vela
O fogo de um braseiro
No silêncio de tuas palavras
Eu mergulho minhas mágoas
Ah! Se eu pudesse
Voltaria eu no tempo
Só para encher-te de beijos
De amor e de sonetos
Tenho certeza que este amor
Em meu peito a palpitar
Me levará quem sabe um dia
Ao encontro dela
Ao encontro da flor mais bela
Que está a me esperar
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Estar contigo
Estar contigo é como
Estar no espaço infinito
Ver o céu lacrimejar estrelas
Gotejando em um oceano bonito
Estar contigo é como
Flutuar em cima das nuvens
Ver de longe o horizonte
Beijando o sol com beijos gris
É como mergulhar em ondas brancas
Fazer sorrir o chafariz
Estar contigo é como
Estar envolto ao véu da lua iluminada
Sentir o toque da aurora
No alvorecer da madrugada
Estar contigo é simplesmente
Estar com Deus
Como um santuário que protege sua santa
Esse é meu amor
Dito pelos lábios meus
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No silêncio de minhas lágrimas
Choro com o silêncio de minhas lágrimas
Ao ver-te ao lado da lua iluminada
Vejo-te amor, iluminada na altura
Sendo acariciada pelas mãos do criador
Oh! Formosa criatura
Meu coração agora se enche de esplendor
Ao contemplar a flor mais bela
Ah! Como eu queria estar com ela
Iluminado á luz da lua
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Vestido preto
Tu estavas tão linda naquele dominó preto
Naquela noite em que eu dormia no banco da praça
Sonhando acordado com dor no peito
Pelo punhal que atravessava minha desgraça
Esperei-te a noite inteira
E minha dor foi sucumbida pela espera
Quando acordei já era dia
Os pássaros chamavam a primavera
Der repente, ouvi teu riso ecoando em túnel luminoso
Olhei para baixo e vi deitado
No banco da praça um corpo
Era eu ali sonhando, enquanto meu fantasma te seguia
Tu achavas que eu estava dormindo
Mas naquele instante eu morria
Entregando-me aos braços da morte
Enquanto minha mão sanguinolenta um cão lambia
Estava a te espiar naquele instante
E não tive medo, por Deus! Não tive medo!!
A única coisa que eu me lembro
Era da tua beleza
Como tu estavas linda
Naquele vestido preto
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O navegante e a flor
Eu navego pelos mares sem fim
Procurando encontrar um amor
Que me faça ser mais feliz
Arrancando do peito esta dor
O perfume que chega até mim
É o aroma da mais bela flor
Que encontrarei nestes confins
Navegando pelos mares do amor
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Um beijo na chuva
Vi-te passear com o guarda-chuva
Onde gotas de chuva não podiam chegar
Tu estavas tão linda á luz da lua
Que nem mesmo a chuva de podes molhar
Esperava de ti um sorriso
Mas onde eu estava
Estava chovendo
E tu ficaste com medo
Não quis te molhar
Com um único beijo talvez poderia
Selar os teus lábios e então choveria
Como gotas de chuva o amor seria
Ah! Como seria?
Beijar teus lábios
Molhados de vida
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Luz de prata
Tua pele a fremir com o toque de minhas mãos
Como uma lenha no fogo a arder
Iluminando a escuridão
Os desenhos das sombras revelam
As silhuetas de dois corpos se amando
Em um chão de veludo e volúpia
O fogo ardendo, queimando
O céu coberto de negro
A gelar as vértebras da espinha
Nos trás de visita a lua
Que nos cobre de prata e magia
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Amores malditos
Ao caminhar pelo cais do porto
De um porto alegre triste
Vejo sonhos perdidos no horizonte
E uma saudade que ainda insiste
Em abrigar este peito sofrido
De amores malditos
Que voam como gaivotas
Despontando no azul infinito
E nunca mais voltam
🌷
Sou eu que tu procuras em teus sonetos
Quem sou eu? Tu me perguntas
Sem mesmo ter passado por diante dos teus olhos
Estranho sentimento em teu peito arde
Como a lava de um vulcão incandescido
Como o cume de uma montanha
Em uma ensolarada tarde
Teus olhos não me vêem
Mas teu coração me sente
Não sou fantasma nem fumaça
Não sou profeta nem crente
Sou apenas o homem que te ama
E o amor aqui declama
Nestes versos transparentes
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Se me perguntares se te amo
Se me perguntares se te amo
Digo-te que sim amor
Pois o que sinto
Eleva meu espírito
Á um espaço infinito
De um céu multicolor
Se amar é viver na extrema luz da paixão
Então eu te amo extremamente
Queimando lentamente
A luz do meu coração
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Todo teu silêncio no âmago do meu peito
Não te vi mais passar pela rua
E teu perfume de jasmim
Não sinto mais
Ao olhar de madrugada a lua nua
Pude ouvir sinos tocando nas catedrais
Perguntei-me então
Estou louco?
Ou és tu ?
Que me assombras
Por não querer-tes mais
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Mensageira das violetas
Tu fostes a mensageira das violetas
De todas as flores a mais bela
Teus sonetos têm sons de clarinetas
Em teu rosto o sorriso de uma donzela
Não sei mais a quem perguntar
Se paro com este sonho
Ou continuo a sonhar
Talvez o amor seja cruel com quem ama
Talvez o amor não se faça esperar
Pois quem ama sofre e luta
Pelo simples privilégio
De poder amar
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No pólen das margaridas
Eu te procuro no pólen das margaridas
Em um vago instante de alucinação
Mas não consigo te achar na poeira esquecida
Talvez te encontrasse na imensidão
Em meu peito há uma brecha, uma ferida
Que faz doer e castiga meu coração
A única coisa que eu tenho nesta vida
É minha esperança transformada em ilusão
Talvez te encontrasse no pólen das violetas
Talvez encontrasse, talvez não
Quem haverá de dizer
Que o amor é a maior força da natureza
Quem é capaz
De dizer que não?
🌷
Espera solitária
O sol, itinerante
Leva os astros a dançar
Junto de si
Já a lua, solitária, entristecida
Dança sozinha
Esperando quem sabe um dia
O cometa lhe sorrir
🌷
A dor da clausura
Não tenho medo da morte
Talvez por isso viva esta clausura
Sufocando assim a dor do amor
Enclausurado na amargura
Um corpo ressequido
É apenas um graveto sem espinhos
Um espectro abandonado
Vagando á noite sozinho
Como uma fotografia apagada
Em um retrato
E o que resta de fato?
Além da solidão de um fantasma chato
Que vive enclausurado em sua clausura
Contemplando assim
A lembrança de um amor
Que um dia amou á luz da lua
🌷
A súplica de um cão
Me expulsas da tua casa como se eu fosse um cão doente
Como uma peste que se impregnasse em um corpo febril
De que adiantou amar-te docemente?
Se agora me jogas aqui no frio
Quando ontem estavas comigo
Saboreando meus beijos quentes
Esqueces-te que éramos amigos
Entregando-se loucamente
Que culpa tenho eu se sou casado?
Casada tu também és
Não sei porque achas que é pecado
Não sei porque tenho de suplicar aos teus pés
O amor não conhece o verbo pecar
O amor é fruto do absinto
A lágrima de uma estrela
Que chora ao gozar
O único verbo que o amor conhece
É a conjugação do amor perfeito
Onde dois corpos conjugam juntos
O verbo amar
🌷
Tormenta
Dentro do meu peito cheio de saudade
Fico a te procurar neste mar azul
Na fúria desta tempestade
Fico a imaginar teu corpo nu
Queria amar-te agora
Doce amada
E banhar meus lábios em teus beijos
Em meu peito a saudade faz morada
Estremecendo-me de desejo
Sinto a distância prolongar esta tormenta
Meu coração sangra dolorosamente
Parece explodir
Já não mais agüenta
Ah! se ao menos pudesse amar-te novamente
🌷
Teu sorriso
Teu sorriso assim me sorri
Um sorriso vertical
Onde deixo-me devorar
Devorando-te por igual
🌷
Prece para o cavaleiro da lua
São Jorge
Cavaleiro da lua
Me vista com tua armadura
Me tire do peito esta angustia
Que me faz chorar
São Jorge
Guerreiro soberano
Me traga esta flor que amo
Pois somente esta flor
Eu quero amar
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Lágrimas cadentes
Vi uma estrela cair do teu rosto
Dançando suavemente na tua pele rosada
Ela ia caindo, deslizando, rolando
Brilhante, transparente e clara
Logo, mais estrelas surgiram
E um soluço a soluçar em teu peito
Fazia chorar teu coração
Tu não choravas mais uma estrela
Choravas agora
Uma constelação
🌷
Á deriva
I
Estou á deriva
Esperando a maré de um mar revolto
Levar-me de volta aos teus braços
Que um dia deixei
Saudoso porto
Até hoje me lembro dos seus abraços
Que apertavam e entrelaçavam meu corpo
Onde nos lençóis de seda se amavam
Saboreando o desejo pouco a pouco
II
Vejo a luz de um farol a iluminar
O céu de uma furiosa tempestade
Fogo, relâmpago e vento cobrindo o luar
Escuridão refletindo claridade
Ouço o clarim de um anjo a tocar
Enquanto desço nas profundezas da imensidão
Vejo cavalos marinhos a nadar
No oceano do meu coração
🌷
Minha Deusa
Minha Deusa é clara como a neve
E seu sorriso luminoso me seduz
Me carrega nos braços em um galope leve
Porém tão veloz quanto á luz
Minha Deusa é cintilante como as estrelas
Do mar a mais bela sereia
Essência pura da natureza
Que gentilmente me conduz
Á um paraíso elevado
De sonhos abstratos
E sorrisos imaginários
Que minha mente produz
🌷
O caminho das borboletas
Vi-te seguir o caminho das borboletas
Enquanto o sol caia de preguiça no entardecer
Der repente, as borboletas sumiram
Já não era dia
O sol já se escondia
No anoitecer
Do teu cabelo uma fita amarela se desprendia
Enquanto a lua iluminada te sorria
E o vento em teu corpo suspirava
Acreditando estar beijando
E beijava
As asas de uma borboleta rainha
Que naquela noite mágica
Tornava-se mulher
Deixando de ser menina
🌷
Astrolábio
Meu barco desliza nas ondas
Procurando te encontrar
Em cada estrela que canta
Em cada canto do mar
Navego com minha vela ao vento
Ansiado de desejo
Esperando um dia
Teus lábios poder beijar
Onde cada beijo seria registrado em meu astrolábio
Como a fotografia de um sol dourado
Extremamente iluminado
Beijando o mar
🌷
Amor, como eu te amo
Amor, como eu te amo
Não há palavra, nem poema, nem soneto
Que possa descrever este sentimento
Que me envolve como magia
Fazendo meu coração transbordar de desejo
Alucinado nesta fantasia
Quero saborear cada momento desta paixão
Vivendo todos os dias de alegria
É o que faz bater assim meu coração
Tum, tum! Tum, tum! Tum, tum!
Se tu não existisse
Ele assim não bateria
🌷
Ondas infinitas
Ondas infinitas levam meu desejo
Como violinos apaixonados
Tocando serenatas ao vento
Como a canção de uma baleia triste
Lamentando seu lamento
O desejo que vira saudade e que insiste
Em abrigar meu corpo e persiste
Castigar meu pensamento
E o coração apaixonado e dolorido
Chora assim sofrido
Como se estivesse morrido
Uma lágrima de amor e vento
🌷
O príncipe e a gaivota
Encontrei o pequeno príncipe brincando nas nuvens
E ele estava a te procurar
Disse a ele que tu estavas na lua
Pois tal formosura
Somente na lua poderia encontrar
Ele ficou triste porque era lua minguante
E com seus braçinhos curtinhos não conseguia alcançar
Tentei colocá-lo em meus ombros
Mas mesmo assim ele não conseguiu alcançar
Fitei meus olhos na extensão do horizonte onde uma gaivota estava a planar
Chamei-a e ela veio em direção onde nós estávamos e foi logo dizendo:
-Fernão Capelo Gaivota é meu nome, muito prazer em conhecê-los!
Porque choras, pequena criança? Perguntou Fernão
-Ele quer ir até a lua! Disse-lhe. Mas ela está minguante, não consegue alcançá-la!
-Não seja por isso. Disse Fernão. Vou resolver esta questão!
A gaivota então se lançou em direção á lua e pegou-a pela pontinha com seu bico, e foi descendo bem devagarzinho, ergui o pequenino e ele pode alcançar a ponta da lua com
seus braçinhos, Fernão então soltou a lua, e ela foi subindo bem de mansinho.....
E foi assim que o pequeno príncipe te encontrou, e enquanto tu recitavas Camões para
ele, eu e Fernão brincávamos com as estrelas, que naquela noite, brilhavam mais que nos outros dias
🌷
Toque de Quimera
Um brilho se fez em minha mente
Iluminando-me de felicidade
Pude ver tão claramente
Com os olhos cobertos de luz
A claridade
O coração a disparar em um só pulso
Bobeando o sangue pelos labirintos do meu corpo
Extrema energia me domina sem susto
Inundando-me de alegria pouco a pouco
E ao ouvir as gotas de chuva gotejando em Pekim
Mesmo estando em Porto Alegre, mas que absurdo!!
Pude ver o começo do fim
Todos ficando loucos e surdos
E eu aqui a dormir neste jardim
Sonhando acordado com os mudos
Esperando quem sabe o toque de Quimera
Fazer florir a primavera
Deixando melhor este mundo
🌷
Palavras de um poeta
Minhas palavras não são apenas palavras jogadas ao vento
São versos apaixonados de amor
Arrancados de dentro do peito
Como o caule que sustenta uma flor
Como um pássaro que se firma no firmamento
São versos que acalentam uma dor
Feridas que se fecham com o tempo
Minhas palavras são palavras de amor
Tiradas do meu sentimento
🌷
Regresso de uma paixão
Quando minha nau ancorar em teu porto
Tu não mais vais chorar
Pois quando olhares meu rosto
Saberás
Que sou aquele moço
Que um dia teus lábios beijou
Com a promessa de um dia voltar
Pois bem, este dia chegou
Espero poder te encontrar
A saudade em meu peito sangrou
Não vejo a hora de poder te abraçar
Espero que te lembres de mim
Quem eu era, quem fui, quem eu sou
Vou tirar do meu peito esta dor
Quero abraçar-te num abraço sem fim
Com asas de querubim
E beijar-te com beijos de amor
🌷
Sempre que te vejo
Sempre que vejo teus olhos
Refletidos no azul infinito
Enxergo a imagem de um anjo
Luminoso, dourado e bonito
No silêncio eu ouço teu pranto
A soluçar em meu ouvido
Minha bela, eu te desejo tanto
Quisera eu puder estar contigo
Iria amá-la como jamais foi amada
Em cada pétala do teu corpo
Nasceria uma rosa dourada
De amor, de desejo e de fogo
Te cobriria de pérolas encantadas
Este seria meu maior tesouro
Que para mim valeria mais do que ouro
Te amar como num conto de fadas
🌷
Poema de despedida
I
Tu fostes embora, linda flor
Me deixaste aqui sozinho
Deixando apenas teus poemas
A iluminar meu caminho
Te amei profundamente, doce poetisa
Talvez em outra esfera, ou quem sabe em outra vida
Te encontre no mundo dos poetas
Assim como um sol que nasce á luz do dia
II
Pois o amor que sinto é puro e cristalino
Como o som de um violino
Que por ti toca e flutua
Navegando nas ondas do mar
Refletindo a luz da lua
É neste espelho lunar que te vejo
Refletindo teu amargo sorriso
Se pudesse te dava um beijo
Se pudesse te dava um filho
III
Tu fostes embora e deixastes
Teus poemas e teu sofrimento
Uma dor na alma que arde
Uma flecha que atravessa o peito
IV
Eu navego pelos mares e procuro
Te encontrar neste mundo de mágoas
Quem sabe eu desça mais fundo
Lá onde os peixes fazem morada
Te encontrar além dos corais
Na terra dos imortais
Nas profundezas de minhas lágrimas
Que por ti choram de tristeza
Lágrimas cristalizadas de sal
Ao lembrar de ti portuguesa
A flor mais bela de Portugal
🌷
Estes poemas são uma homenagem aos meus antepassados portugueses
O meu coração sempre foi um navegante nos mares do amor
Eu te amo Portugal 💚❤💚
💙
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