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segunda-feira, 11 de novembro de 2019

O guardião de Amazon 👑🔰





Um filho para Solarius 🌅


-Os dois se encontraram no deserto da ira e travaram sua batalha.
Que durou nove luas.
Solarius era visivelmente muito mais forte que Aldegaron.
Que implorou piedade ao mago dourado.
Após ter sido derrotado pela magia poderosa do guerreiro da luz.
Solarius sabia que não podia matar o dragão negro.
Mas podia enfraquece-lo ainda mais.
Mas o coração de Solarius era bom e nobre.
O demônio estava ao seus pés.
Diante de sua superioridade, o mago decidiu não enfraquecer mais o dragão negro. Naquele momento, Solarius cometera seu maior erro.
Em um ato de piedade, ele virou as costas para Aldegaron e seguiu adiante no deserto da ira. 
Mais uma vez, o mal aproveitou a oportunidade.
Aldegaron em um último esforço, atingiu Solarius pelas costas com sua calda pontiaguda. 
O mago caiu no chão, pois havia sido atingido bem na coluna.
Aldegaron aproximou-se, rastejando e olhou nos olhos de Solarius.
Enquanto o mago gritava de dor.
A saliva do dragão escorria no rosto de Solarius, que tentava se libertar daquele demônio. 
Ele então alcançou seu coelbren, que havia caído.
O céu cobriu-se de nuvens, e uma forte tempestade começou.
Solarius conseguiu se livrar das garras de Aldegaron.
O mago mesmo ferido, realizou uma forte magia.
Através da tempestade, ele abriu um portal para a sétima dimensão.
O mundo da magia.
É lá que os grandes magos recebem seus ensinamentos,  e desvendam os segredos dos elementais, e de todas as forças da natureza.
Solarius então criou uma gigantesca esfera de cristal, e aprisionou Aldegaron dentro dela. 
Colocando a esfera na sétima dimensão, em Grimória.
Uma das cidades da terra Mística.
Dizem que Solarius descobrira o verdadeiro nome de Aldagaron.
E usando sua magia, gravou o nome em forma de símbolos na esfera de cristal.
O dragão só poderia ser libertado, quando alguém conseguisse descobrir o nome que estava escrito, e o recitasse na sétima dimensão.
Na terra Mística.
Solarius sabia que somente o senhor do mal conhecia o verdadeiro nome de Aldegaron, e somente um demônio poderia libertar-lo.
Um demônio que recebesse as doutrinas das trevas.
Solarius sabia que teria tempo.
Só não sabia quanto tempo levaria para que um demônio desvendasse o nome verdadeiro de Aldegaron. 
Solárius deixou o deserto da ira.
Que através de uma magia, havia gerado milhares de lírios brancos.
Os grandes mestres dizem, que após o senhor dos exércitos do mal ser aprisionado em Grimória, a paz renasceu naquela terra.
E que aqueles milhares de lírios brancos que haviam surgido, era um presente deixado pelo grande criador.
Solarius voltou para Nocavaj com a notícia que todos esperavam.
O dragão negro agora estava preso.
E levaria tempo para conseguir se soltar.
Todos comemoraram a vitória de Solarius.
Os Revelus conseguiram expulsar a maioria dos Dracos da cidade.
Que agora encontrava a paz.
Apesar de ter conseguido prender Aldegaron.
Solarius pagou um preço muito caro.
Ao dar as costas para o demônio, permitiu que ele o envenenasse com sua crueldade. Dizem que o mago perdeu a maioria de seus poderes ao ser atingido pelo dragão.
Que o atingiu bem em seu condutor de energia.
Era a segunda vez que Aldegaron tirava algo precioso de Solarius.
Os poucos Dracos que ficaram em Nacovaj, não desistiam tão fácil.
Mesmo com Aldegaron preso, serviam fielmente ao dragão negro.
Muitas guerras ainda aconteciam na cidade das sombras.
Os Revelus recebiam as doutrinas dos celtas, e Brígida tornou-se uma maga do bem. Nacovaj agora era uma cidade de luz.
Malena temia que quando Aldegaron liberta-se, buscasse seu filho para comandar seu novo exército do mal.
A criança era frágil, e parecia ser pura.
Apesar de ser um vampiro, era um menino belo e forte.
Malena lhe deu o nome de Gavennon.
Ela também queria encontrar a paz, e sabia que não podia ficar em Nacovaj.
Malena então procurou a única pessoa na esfera azul que poderia lhe ajudar. 
Solarius estava com os celtas na Gália, e estava se preparando para ir para Hiperbória. 
Pois havia terminado sua missão na esfera azul.
Até que recebera uma visita inesperada.
Malena chegou com seu filho nos braços.
Ela olhou nos olhos do mago, e uma lágrima deslizou em seu rosto.
Ela reencontrou seu guerreiro celta.
O amor que havia deixado.
Solarius não disse nenhuma palavra naquele momento.
Ele olhou dentro dos olhos azuis de Malena, e através de um longo suspiro, recordou seu passado. 
Eram os mesmos olhos, o mesmo perfume, o mesmo sentimento no coração quando a viu pela primeira vez.
Solarius estava diante de sua princesa.
Seu único e verdadeiro amor.
Que havia sido levado pelo demônio naquela noite sem fim.
Malena lhe contou, que apesar de vários séculos terem se passado, ainda o amava, e que se arrependera de ter se entregado facilmente para Aldegaron, e ter entregue sua alma para escuridão. 
Lhe contou sobre a profecia do dragão negro, e que agora entendia porque havia engravidado novamente.
Disse que precisava proteger seu filho.
Pois somente ele poderia dar um fim a Aldegaron e sua maldade.
Disse que quando estava grávida, tinha sempre o mesmo sonho.
Ela via Gavennon, já adulto, enfrentando o dragão com uma espada de ouro.
E quando ele se preparava para matar Aldegaron, ele virava-se para ela, e lhe dava um sorriso. 
Malena disse que Gavennon precisava ser protegido, e preparado para enfrentar Aldegaron, quando chegasse a hora.
E que somente Solarius poderia protege-lo, e encaminhá-lo para seu destino.
Solarius percebeu que sua missão ainda não havia acabado.
Ele então resolveu ficar para cumpri-la.
Malena lhe entregou o menino, e partiu para reencontrar sua luz.
Dizem que a vampira partiu para o Egito, para cidade de Gizé.
Pois é lá, que os mistérios escondidos se revelam.
Para aqueles que buscam a verdade de sua existência.
Em toda a esfera azul, só existia um lugar que Gavennon estaria protegido.
E foi para lá que Solarius o levou.
Um lugar que esconde um grande segredo.
Ua terra mágica e próspera
Uma terra onde grandes mestres já receberam seus ensinamentos.
Uma ilha onde a natureza escolheu para ser seu santuário.
Uma ilha sagrada, chamada, Amazon.
Solarius tinha nobres amigos na ilha, e lá seria o lugar ideal para preparar Gavennon para seu destino.
O mago ficou com o menino até ele completar seus dezoito anos.
Depois, só o via a cada dez anos, quando retornava a Amazon.
Solarius lhe educou e lhe ensinou as três doutrinas.
Lhe mostrou a grande magia do criador.
Solarius lhe deu um amor de pai.
Um amor que também fora recíproco.
Pois Gavennon amava Solarius como um filho.
Dizem que Gavennon foi treinado pelos guerreiros mais nobres e mais fortes que existem. 
Um destes guerreiros, conhecido como guerreiro do fogo.
Lhe deu um presente.
Criou uma roupa de aço para ele.
Assim o vampiro podia andar em plena luz do dia.
Dizem que esta armadura foi forjada com o metal mais nobre que existe em Amazon. Gavennon se tornou um nobre e valente guerreiro.
É um dos protetores da ilha sagrada.
Há mais de mil anos ele aguarda seu destino.
Aguarda encontrar Aldegaron, para acabar com sua infinita maldade.
Apesar do dragão negro estar aprisionado, a maldade na esfera azul continuou.
Os homens quanto mais aprendiam, mais desvirtuavam seu ensinamentos, corrompendo-se pelo o mal.
O falso poder e a ganância por riquezas e terras, os faziam matarem-se uns a os outros. Muitas guerras surgiam a todo momento, fortalecendo cada vez mais o senhor do mal. A ordem da luz fora perseguida por muitos, que não acreditavam nas três doutrinas. 
E cada cidade começou a criar seus Deuses e suas crenças.
As vezes em uma única cidade, haviam várias doutrinas diferentes.
A grande magia começou a ser esquecida, e todos que a buscavam eram perseguidos e mortos. 
Dizem que a ordem da luz ainda existe.
E que alguns dos poucos guerreiros que ainda sobrevivem, espalharam-se pela esfera azul, para proteger os bons e os justos.
Que ainda tem esperança de um mundo melhor.
Sem guerras e sem injustiças.
Enquanto Horizonte existir em Hiperbória, a esperança nunca morrerá.
O mal está cada vez mais forte.
E muitos demônios são gerados nas terras Infras.
As batalhas estão cada vez mais difíceis.
Mas acreditem, enquanto existir um guerreiro do bem, existirá equilíbrio.
Enquanto existir um que queira buscar o caminho, existirá esperança.
Se todos os homens se unissem em nome do bem.
A batalha de Hiperbória terminaria.
E o senhor do mal seria eternamente vencido.
O grande criador habita no coração de todos.
Pena que muitos não o querem aceitar.
Não importa a linguagem, não importa a doutrina.
São vários caminhos, mas com o mesmo destino.
Para aqueles que buscam a verdade.
Aqueles que acreditam na força do bem.

Os ventos diminuem na floresta retorcida.
Os galhos estalam na fogueira, enquanto que Jabnit ainda emocionado, enxuga suas lágrimas. 
As nuvens se afastam do céu.
Algumas estrelas aparecem.
Baltar ainda está admirado com a estória que Jabnit contara.

-O céu está limpando.
Ao amanhecer procuraremos a clareira.
Agora entendo porque devemos acender esta torre.
O que Amazon reserva para nós?
Porque esta ilha fantasma nos encontrou?
Se acendermos esta torre com a chama de Orion, encontraremos as respostas.
De todas as estórias  que ouvi, esta foi a mais incrível de todas, nobre amigo.
Que Astartéia lhe de uma longa vida.
Para que tu possas conta-la aos teus filhos.
Agora vamos dormir um pouco.
Vamos nos revezar.
Enquanto um vigia, os outros dormem.
Vocês podem dormir agora, enquanto eu vigio.

Isthar então diz:

-Depois desta estória de vampiros, eu não vou mais conseguir dormir.
Deixe que eu vigio, príncipe Baltar.
Não vou conseguir dormir mesmo.
Se pelos menos tivesse vinho.
Daria tudo por um pouco de vinho.

- Bem, já que insiste, Isthar, não vou recusar.
Diga-nos Anut: Se seguirmos naquela direção, realmente encontraremos a clareira?

- Claro que sim.
Estamos bem perto.
Ao amanhecer, será melhor para podermos entrar naquela mata fechada.
Achei que os fenícios só soubessem contar estórias  sobre o mar.
Até que para um remador tu tens muita imaginação, Jabnit.

-Existem estórias que nunca devem ser esquecidas, egípcio.
Não importa que sejam contadas por um simples remador, ou um rei.
O importante é contá-las, para que nunca se percam nas linhas do tempo.


The Orion Flame






Alexsandro Ribeiro 🔮

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