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quinta-feira, 14 de novembro de 2019

As sombras da escuridão 💀💀💀






Equilibrando a magia 🔮


Moloch e os outros estão assustados.
Enquanto Anut caminha como se já conhecesse a ilha fantasma.
Derrepente, eles ouvem um grito assustador
E o sino começa a badalar
Todos ficam apreensivos.
Apavorados, vão em direção a uma grande árvore que divide a floresta dos pântanos.
Enquanto isso, na trirreme.
Milesiano trava uma batalha com as almas escuras.
Ele consegue conte-las com sua magia.
O pentagrama de luz protege toda a trirreme, impedindo as almas de entrarem. Enquanto Matho, Sirom, e Agbal molham as testas dos desacordados.

-Mestre!!!
Não estou conseguindo segurar estes remadores.
Estão tentando se levantar.
O que eu faço, mestre Milesiano?

-Não os deixe chegar perto das almas, Sirom.
Vou tentar fortalecer o círculo de luz, mas não sei se vou conseguir segurar os desacordados.
Esta magia impede que as almas entrem.
Mas não posso impedir que os desacordados saiam.

-Pôr que somente alguns desacordados estão tentando sair, mestre?

-Estes devem temer muito a morte, ou então a desejam.
Sirom, Agbal, cuidem do rei
Ele tentará sair.
Segurem-no!!!!!

-Mestre, eles estão atravessando o círculo de proteção.
Por Astartéia!!!
Vamos todos morrer!!!!

Alguns dos desacordados atravessam o pentagrama de luz.
As almas então se apossam dos corpos, e mostram sua forma fantasmagórica. Assustando os homens na trirreme.

-Por Astartéia.
Eles vão entrar!!!!
São muitos.
São todos demônios!!!
 Nós vamos todos morrer.
Por Baal!!!!
Vamos morrer!!!!

-Não se desesperem, homens.
Eles não conseguirão entrar.
Estão tentando apavora-los.
Não olhem para eles.
São apenas fantasmas.
Continuem molhando as testas dos desacordados.
Quando o sino parar de tocar, eles não tentarão mais sair.
Mattho, veja!!!!
Hannon está tentando se levantar.
Segure-o!!!!
Traga-o para perto de mim.
Não posso sair do centro da trirreme, se não a magia irá desequilibrar-se.
Depressa, homens!!!!
Segurem Hannon!!!!
Agüentem só mais um pouco.

O sino para de tocar
Mattho e Agbal conseguem segurar Hannon.
Milesiano sente-se cada vez mais fraco.
Enquanto isso, em terra.
Baltar e os outros vão em busca de Anurios.

-Acho que não teremos chances, príncipe Baltar.
O sino já soou duas vezes.
O que faremos agora?

Anut mais uma vez manifesta-se, respondendo a Moloch.



Estranhos na floresta retorcida 💀💀💀


-Temos que entrar dentro da floresta.
Lá o tempo demorará mais a passar.
Poderemos descansar um pouco, e depois procurar o sepulcro.
Preparem suas espadas, fenícios.
Dentro da floresta retorcida há vários pântanos.
Se tivermos que atravessar alguns, encontraremos os Aligatz.
Eles não são nada inofensivos.
Mas dentro da floresta é mais perigoso
Pois lá habitam as Carnigeras.
Todo o cuidado é pouco.
A clareira onde está o sepulcro fica no meio da floresta.

Eles então entram na floresta retorcida.
Lá dentro há pouca luz, e sons estranhos ecoam das árvores queimadas.
Os homens andam devagar.
Em uma das mãos, seguram a tocha, e na outra a espada.
Derrepente, um vulto passa pela frente deles.
Todos se assustam.
Jabnit sente uma presença estranha do seu lado.
E uma voz sussurra em seu ouvido.

-Por Astartéia!!!
O que era aquilo?
Que criatura é aquela que passou á nossa frente?
Pelos Deuses!!!
Eu podia jurar que estava do meu lado agora.

- Cuidado, Jabnit.
Pode ser as Carnigeras.
Mas acredito que elas não vão querer te devorar.
Se tu não da conta nem das mulheres das tavernas, imagine dos demônios.

Todos começam a rir.
Menos Jabnit.
Que dá sua resposta a Isthar.

-Não sou eu que durmo nas mesas das tavernas, depois de tanto beber.
Deixando as mulheres esperando.
Tu não passas de um estúpido, Isthar
Que adora apontar aos defeitos dos outros.
E tu?
Já te olhas-te verdadeiramente?
Um inútil, que nunca terá mulher nem filhos.
Será sempre sozinho no mundo.
Talvez só os demônios te queiram.
Bêbado estúpido!!!!

-Tu não sabes nada a meu respeito seu gordo preguiçoso.
Se não fosse esta tua banha,  já estaríamos na clareira.
Será melhor te deixarmos para traz.
Se as Carnigeras te encontrarem
Levarão 3 dias para comer este monte de carne, e não virão atrás de nós.


Jabnit então diz:

-Ha, sim!!!!
Sou eu que sou preguiçoso.
Enquanto nós estávamos em Gadir, enfrentando uma batalha com os persas para conquistar aquele porto, vós estavas descansando em Gizé.
Garanto que tu tomaste todo o vinho do Egito.
Fugiu quando soube que íamos lutar em Gadir.
Não sei como o rei Hannon aceitou-te de volta, inútil.

Hamilcar se mete na conversa que está cada vez mais tensa.

-Isthar, tu estavas em Gizé?
Então foi lá que te escondestes?
Tu foi um dos traidores que aceitou o ouro maldito do faraó?
Então é verdade?
Ele realmente estava recrutando homens que tivessem experiência no mar?
Então é verdade que ele quer descobrir novas terras para conquistar.
Que vergonha, Isthar.
Por que não ficaste no Egito?
Traidor!!!!!

Isthar, com o ar raivoso, se aproxima e diz:

-Isto não é da sua conta,  Hamilcar.
Tu só sabes dar ordens.
Pensa que manda em todo mundo.
Não aceitei a proposta do faraó, pois não a achei justa.
Ele jamais conseguirá conquistar o que nós já conquistamos.
Quando soube que estavam em Gadir, eu deixei Gizé, e fui ao encontro de vocês. Quando chequei, expliquei tudo ao rei
E ele não me acusou de traição.
Sou um homem livre, Hamlicar.
Posso fazer o que eu quiser.
Tenho o direito de negociar com quem eu bem entender.

-Garanto que tu contaste outra estória ao rei.
Ele jamais perdoaria um traidor.
Tu és um mentiroso, Isthar.
Não passas de um mentiroso.

-Estas me acusando, Hamilcar?
Então venha dizer isto olhando nos meus olhos, e sentindo o aço de minha espada. Vamos ver quem é mais forte agora.
Vamos lutar, grandalhão!!!!!

Isthar e Hamilcar estão prestes a lutar.
Jabnit pede para que Hamilcar mate Isthar com sua espada.
Baltar sente-se mau, e tem uma forte dor de cabeça.
Moloch incentiva para que a luta comece logo.
Enquanto Anut, assiste tudo com um sorriso sinistro nos lábios.
Hamilcar com a espada em punho diz:

-Vamos ver o quanto tu sabes, bêbado traidor.
Quando tu ainda estavas pendurado nas tetas da tua mãe
Eu já matava traidores com esta espada forjada pelo meu avô.

Moloch pede para que todos apaguem as tochas para que a luta seja mais emocionante.
Baltar então desconfia e grita.

Parem homens!!!!!
O que estão fazendo?
Não apaguem as tochas!!!!
Hamilcar, Isthar!!!
parem de lutar!!!
Vejam homens!!!
Em nossa volta.
As almas maléficas.
Os sugadores das sombras estão tentando fazer com que nós nos matemos.
Os demônios estão nos jogando uns contra os outros.
A luz!!!!
Coloquem as tochas perto deles.
Vamos homens!!!!
Mexam-se!!!!
Vamos expulsar estes demônios.

As almas vampiras revelam sua forma demoníaca, ao serem iluminadas pelo fogo.
E começam a gritar, voando em volta dos homens, passando por entre os corpos deles. Até que vencidas, entram nas entranhas da terra.
Todos estão ofegantes, e reclamam de dores na cabeça.
Hamilcar se desculpa, e diz não entender porque sentiu tanto ódio.
Isthar, envergonhado, também pede desculpas.
Baltar sugere para que todos descasem.

-Estes demônios estavam tentando dominar nossas mentes, nos jogando uns contra os outros.
Este lugar é realmente amaldiçoado.
Vamos comer e descansar um pouco.

Jabnit pergunta ao príncipe.

-Vamos comer o que, príncipe Baltar?
Não trouxemos nada além de nossas armas.

-Até parece que não me conheces, Jabnit.
Sabes que sou prevenido.
Trouxe um pouco de pão.
Está aqui na minha bolsa.
Peguem, dividam, e comam.
Precisamos descansar.
Acho que podemos dormir um pouco.
Esta caminhada até aqui foi muito cansativa.
Diga-nos Anut, estamos muito longe da clareira?

-Não estamos muito longe.
Se seguirmos sempre em frente a encontraremos.
Minhas pernas doem muito.
Acho que aquelas almas vampiras sugaram bastante nossas energias.
Precisamos descansar um pouco.

Isthar como sempre brinca.

-Por acaso não trouxesses vinho, Senhor?
Poderia ter trazido um pouco de vinho também.
Sei muito bem que os barris que estão em vossos aposentos na trirreme tem o melhor vinho de Sidon.
Diferente daquele que destes para nós.
Que já esta até com gosto de vinagre.
Daria tudo por um pouco de vinho agora.
Poderíamos relaxar melhor,  e seguir mais dispostos.

O Príncipe então responde a Isthar:

-Não Isthar.
Não trouxe vinho.
Mas depois que acendermos esta torre.
Prometo-lhe que vamos tomar todo o vinho que está na trirreme.
Agora vamos descansar.
Vamos fazer uma fogueira.
Venha.
Me ajude, Isthar.

-Porque sempre eu tenho que fazer tudo?
Por isso que Jabnit está com essa pança.
E Hamilcar?
Pra que serve todo esse tamanho?
E este egípcio também?
Bem que podia ajudar um pouco.
E tu Moloch?
Vais ficar só olhando?

Jabnit responde a Isthar.

- Tu só reclamas, Isthar.
Pare de reclamar e acenda logo esta fogueira.

-Tu pareces um rei, Jabnit.
Queres que eu te sirva um pouco de vinho?
Ou preferes lindas mulheres andaluzas de seios fartos, e pernas macias?

-Isthar.
Sabes quanto tempo já estamos navegando desde que saímos de Gadir?
Sabes quanto tempo estou carente?
Por Astartéia!!!
Daria tudo para estar em uma taverna agora.
Me acabaria com duas ou três mulheres, e depois comeria um carneiro assado inteiro, com bastante pimenta.
Bastante pimenta indiana.

Moloch brinca com Jabnit.

-Sinto em lhe dizer amigo, mas só te restam as carnigeras.

Todos riem, menos Anut, que responde a Moloch.

-Teus desejos podem se realizar, fenício.

-O que estas dizendo egípcio?
Se elas aparecessem aqui, eu as expulsaria com minha espada.
Claro, depois de traçá-las primeiro.
Todos estes meses no mar sem mulher estão me deixando louco.

Mais uma vez se ouvem risos dentro da floresta retorcida.
Jabnit fica apreensivo.
O pior ainda está por vir.


The Orion Flame






Alexsandro Ribeiro 🔮






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