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quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Nas entranhas da Ilha fantasma 💀





A promessa de Baltar 👑


Hamilcar estranha a trirreme.
O barco para repentinamente.
Todos ficam assustados.
À sua frente, a ilha fantasma vai ganhando forma.
Os sinos param de tocar sua sinfonia da morte.
Eles estão perplexos com que vêem.
Uma imensa ilha escura e sombria.
Uma penumbra paira sobre aquela terra.
Que aos poucos vai se revelando.
Milesiano sabe que não tem muito tempo.
E dele depende o destino de todos
O sábio celta então manifesta-se.
Elaborando um plano para que possam salvar suas vidas.

-Baltar, não temos muito tempo.
Temos que agir rápido.
Não sabemos o tempo que as noves badaladas do sino representará.
Sabemos, que toda vez que este maldito sino tocar.
As almas tentarão levar os desacordados.
Meus poderes estão fracos.
Mas posso fazer uma magia
Para impedir as almas escuras de entrarem na trirreme.
Preciso que mais três homens fiquem aqui para me ajudar.
Pois quanto mais estes sinos tocarem, mais almas virão.
Os desacordados estão sobre um profundo feitiço.
Eles tentarão levantar para irem ao encontro da morte.
Preciso de toalhas, e água para molhar suas testas.
Pois a água é um condutor de energia.
Através da minha magia
Irei criar um escudo em volta de toda a trirreme.
E tentarei segurar os espíritos dos desacordados.
Para que eles não tentem sair.
Precisamos acender a torre com a chama de Orion, se quisermos viver.

O Príncipe fenício então diz:

- Mestre Milesiano!!
Sirom, Agibal e Matho, ficarão na trirreme o ajudando.
Jabnit, Hamilcar, Isthar, Moloch, Anut e eu.
Iremos até a ilha.
Acredite mestre.
Faremos de tudo para acender esta torre.
Nós vamos conseguir.
Preparem-se homens!!!!
Vamos encontrar o santuário.
Levem suas espadas e água
E também tochas.
Hamilcar!!
Leve uma corda.
Poderemos precisar de cordas.
Vamos encontrar Anurius, o guia da Luz.

Milesiano sente um mau pressentimento, e aconselha o príncipe.

-Cuidado, Baltar.
Pois o mal se apresentará nesta ilha.
O mal tentará mostrar sua face.
A sombra tentará ofuscar a luz.
Que o grande criador vos acompanhe
E que tu consigas reacender a chama de Orion
Para que estas almas perdidas encontrem as três doutrinas novamente.

-A luz estará comigo, mestre Milesiano.
Acenderei esta torre.

Milesiano despede-se de Baltar
Fazendo o sinal das três doutrinas com a mão direita.
O príncipe devolve o sinal, e sente uma força misteriosa em seu coração.
Antes de partir, ele segura as mãos de Hannon.
E promete a seu pai que o libertará daquela maldição.
Anut está desconfiado.
E não se agrada das ordens dadas pelo príncipe fenício.

-Acho que não precisarás de mim na ilha.
Servirei melhor aqui na trirreme.
Ajudando o Druida.

Isthar provoca Anut.

-Ora egípcio.
Onde está tua coragem agora?
Não eras tu que não tinhas medo da ilha fantasma?
Conheces tão bem suas estórias, mas na hora de comprová-las, foge.
Se estamos condenados, egípcio.
Que diferença faz ir até lá ou ficar aqui?
Prove que pelo menos não és covarde, Anut.

Neste momento o sino começa a tocar.
Milesiano eleva- se, flutuando á cima da tirreme.
Ele ergue seu bastão de cristal
E começa a fazer um redemoinho.
Então um círculo de luz, em forma de pentagrama surgi em volta da trirreme.
Uma imensa estrela de cinco pontas iluminada.
Milesiano volta ao chão, e pede para que Sirom, Agibal e Matho comecem a molhar as testas dos desacordados.
Entre a névoa
Um barulho perturbador de vários sussurros aparece.
As almas em forma de espectros maléficos se aproximam da trirreme
Tentando romper o círculo de luz que Milesiano criara com sua magia.
O sino da morte para de tocar.
A primeira badalada do sino consumou-se.
Restando oito badaladas do sino.
Baltar, Jabnit, Hamilcar, Isthar, Moloch e Anut partem em terra firme
A fim de encontrarem Anurios.


Nas entranhas da ilha fantasma 💀


-Príncipe Baltar?
Que frio é este que faz nesta ilha?
E estas árvores retorcidas?
Veja ali adiante!!!!
A torre, não é tão alta.
Não será difícil escala-la.
Vamos em direção a lua.
Pois esta névoa esta cegando nossa visão.

O Príncipe então diz:

-Hamilcar!!!
Faça com que todos fiquem juntos.
Anut, conte-nos como podemos encontrar, Anurios.
Se tu sabes as estórias desta ilha fantasma, tenho certeza que sabes como encontra-lo. Foi por isso que quis trazer-te.

Anut, mira o Príncipe nos olhos e diz:

-Vejo que não és apenas corajoso, Baltar.
És também inteligente.
Para encontrarmos, Anurios, devemos ir a parte mais escura da ilha.
Dentro da floresta retorcida.
Dizem que no centro da floresta tem um pequeno sepulcro
Onde Medicis embalsamava os corpos.
É lá que Anurios nos aguardará.
Quando chegarmos na clareira, perto do sepulcro.
Teremos que ficar dentro do círculo de proteção.
Um escudo em forma de pentagrama.
Uma estrela de cinco pontas dentro de um círculo, que fora feito por Anurios.
Para que os demônios e as almas escuras não possam entrar no sepulcro.
Apenas um poderá ir até Anurios.
Enquanto que os outros terão que ficar dentro do pentagrama.
Impedindo que os demônios e as almas aproximem-se.
Para chegarmos até a floresta retorcida, temos que nos embrenhar na sua escuridão. A única maneira de matar os demônios é cortando suas cabeças.
E para expulsar as almas, temos que refletir a luz através das tochas, iluminadas pelo fogo.
Há vários tipos de bestas demoníacas nesta ilha.
Os Sugadores das sombras:
São almas vampiras,  e tentarão sugar nossa energia.
Eles tentarão confundir nossas mentes, jogando-nos uns contra os outros.
As Carnigeras:
São demônios carnívoros
Tem um feitiço perigoso
Assim como as sereias, elas enfeitiçam os homens
Mostrando-se em um corpo belo e sedutor.
Tentarão nos seduzir com sua beleza
E depois  que nos enfeitiçar, irão revelar sua forma verdadeira.
Um demônio com a pele de cobra.
Seus olhos são avermelhados.
Tem duas patas, e seus braços tem duas pequenas asas
Como as de um morcego
Dizem que elas são sacerdotisas de um demônio maligno
Que escraviza mulheres.
Depois de nos seduzirem, revelarão sua forma demoníaca.
E em bando de três, ou mais, nos devorarão.
Se alimentarão de nossa carne.
Morreremos lentamente.
Pois elas nos devorarão aos poucos.
Para chegarmos até a clareira, perto do sepulcro, teremos que passar por elas.
Os Aligatz:
São criaturas que habitam os pântanos
São mortais e pegajosos.
Suas salivas tem um veneno que podem nos cegar
E se ingerirmos este veneno, morreremos paralisados.
Os Morfiros:
São os mais perigosos.
Eles vivem nas entranhas da ilha, em cavernas subterrâneas.
Usam tridentes como armas, e também carregam escorpiões venenosos em uma pequena bolsa. 
São demônios cruéis e malignos.
Se nos pegarem, seremos sacrificados.
Tirarão todos nossos órgãos, um a um
E iremos agonizar até a morte.
Eles acreditam que sacrificando os humanos, poderão livrar-se de sua maldição.
As almas escuras:
Estão por toda parte.
Tentarão nos assombrar com sua forma espectral e fantasmagórica.
E por fim, as almas perdidas, que abrigam-se no saguão das almas.
Onde está o santuário com a chama de Orion.
Estas almas pedidas tentarão apossar-se do corpo de quem entrar no saguão.

Isthar indaga Anut,  e pergunta como ele conhecera a ilha.
Baltar tem um mau pressentimento, e pede para Hamilcar e os outros ficarem atentos. Estão indo em direção a floresta retorcida.
De um lado da floresta há milhares de árvores retorcidas e queimadas.
Seus galhos fechados fazem com que nenhuma luz ultrapasse as fendas.
Um cheiro de enxofre exala delas.
Do outro lado, há um lago com a água escura e parada
Coberto de pântanos em sua volta.
Mais adiante, há uma montanha coberta por nuvens escuras e cheia de vulcões. 
Moloch quer saber o que há além daquela montanha.

-E naquela montanha escura,  Anut?
É a parte mais alta da ilha.
O que há lá em cima além dos vulcões?

-Aquela é a montanha da morte.
Antes de ser amaldiçoada, era uma montanha sagrada.
Foi no topo desta montanha que a deusa Orion plantou a primeira árvore de Atlântida. 
Uma figueira.
A única que não foi atingida pelo fogo.
Dizem que é uma arvore mágica.
O único ser de luz desta ilha.
Em baixo, nas entranhas, vivem os Morfiros.
Dizem que eram almas tão maléficas, que conseguiram transformar seus espíritos em corpos. 
Eles são vermelhos como sangue.
Eles não tem pêlos.
A pele é fina, como a de um coelho.
São magros e horripilantes.
Tem seis chifres, e uma calda fina.
Não são muito altos.
Seus tridentes são forjados com aço puro.
Eles usam um capuz, cobrindo seus rostos demoníacos.
Apesar de não serem fortes, são muito perigosos.
Eles carregam escorpiões em uma bolsa de couraça.
O veneno do escorpião é paralisante.
Eles usam para dominar suas vitimas.
Aém dos vulcões há um precipício.
Dizem que lá é uma passagem para o inferno.
É lá que os Morfiros realizam o sacrifício.
Colocam suas vitimas, com as mãos e os pés amarrados em uma mesa de pedra.
Então com um punhal, começam a tirar os órgãos, um a um.
Deixando o coração para o fim.
Dizem que os primeiros órgãos a serem tirados, não se sente muita dor.
Pois a vítima ainda está com o efeito do veneno do escorpião.
Mas quando a dor começa, é horrível.
Uma morte cruel e dolorosa.
Por isso acredite, Moloch.
E que isto sirva para todos.
Aconteça o que acontecer
Nunca cheguem perto daquela montanha.


The Orion Flame








Alexsandro Ribeiro 🔮



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