segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Encontrando o mestre Anurius 👑🔥





Encontrando o mestre Anurius 👑 🔥


-O que está acontecendo, guardião?
Que portais são estes que estão se abrindo?

-O tempo está voltando ao normal,  Baltar.
Por isso estas fendas se abriram.
Para que os seres possam voltar para seu mundo.
Milesiano conseguiu desfazer a magia de Aldegaron.
Está na hora de voltar,  Baltar.
Tens que voltar para ilha fantasma.

Baltar e o mentor guardião saem de dentro do escudo de proteção.
Ao atravessarem o pentagrama de luz, ambos tem um encontro com a morte.
O mentor sombrio estava os espreitando.
O demônio lança um raio no pentagrama e desfaz a magia.
A estrela de luz desaparece.
O demônio então parte para cima de Baltar com seu tridente de aço.
O mentor guardião saca sua espada a tempo e consegue impedir o maligno.
Os dois mentores então começam o combate.
O céu do mundo dos sonhos escurece, fazendo surgir uma tempestade de raios.

-Baltar, tens que ir agora.
Vá, que eu segurarei o demônio.

-Mas como farei para voltar, guardião?

-Siga teu cordão de prata.
A linha luminosa te levará até o teu corpo.
Quando te aproximares, os dois corpos se unirão novamente.
Vá Baltar!!!!
Tens que ir logo.
Lembre-se.
Estarei sempre te protegendo.
Nunca te afasta da luz.
Vá Baltar.
Voe com teu espírito.

-Jamais te esquecerei, nobre guardião.
Jamais me afastarei da luz.
Obrigado por me proteger, nobre amigo.

O mentor guardião consegue deter o mentor sombrio, usando uma prisão de energia. Enquanto o espírito do príncipe voa.
Ele então atravessa uma das fendas e chega a ilha fantasma.
Ao longe, ele vê seu corpo dentro do círculo  de proteção, na entrada do sepulcro.
Ele também vê Jabinit, Isthar e Hamilcar, ainda congelados.
Ao se aproximar de seu corpo, ele tem a sensação de estar entrando dentro de um túnel de luz. 
Os dois corpos então se unem, desfazendo a magia.
A viagem pelas dimensões chega ao fim.
Baltar acorda, recuperando a consciência no mundo azul.
Isthar e Hamilcar também despertam.
Todos estão tontos e confusos.

-Por Astartéia!!!
O que aconteceu?
Minha cabeça dói.
E este gosto que estou na boca?
Parece que tomei três barris de vinho.
O que tem neste pentagrama, príncipe Baltar?
Porque teu nariz está sangrando?

-Também sinto dor na minha cabeça, Isthar.
Não sei explicar.
Não entendo.
O sino tocou sua terceira badalada.
Onde estão as almas escuras?
Não sei porque meu nariz está sangrando.
E tu, Hamilcar?
Como estas?
Também senti dor na cabeça.
E tu, Jabnit?
Estas sentindo alguma coisa?
Porque não respondes?

Hamilcar, ainda meio tonto responde.

- Eu estou bem, Príncipe Baltar.
 Eu me sinto um pouco estranho.
Tenho a sensação de ter dormido um dia inteiro.
Acho que Jabnit também parece estar dormindo.
Por Astartéia!!!
Ele está dormindo em pé.

-Deite-o no chão,  Hamilcar.
Rápido.
O que está acontecendo?
Acho que alguma coisa aconteceu ao entrarmos neste pentagrama.
Parece que fomos enfeitiçados.

-Veja, Jabnit está acordando.

-Por Astartéia!!!
Onde estou?
Hamilcar! 
Precisamos puxar o Hamilcar para dentro do círculo de proteção.
Se não as almas escuras o pegarão.
Baltar!!!!
Eu preciso proteger o príncipe!!!!

-Hei amigo, já estou aqui dentro.
Acalma-te.
Príncipe Baltar acha que fomos enfeitiçados ao entrarmos no círculo de proteção.
As almas escuras se foram.
Não sabemos o que está acontecendo.

-Está tudo bem, nobre amigo.
Estamos todos juntos.
Preciso encontrar o mestre Anurius.
Precisamos acender esta torre.

-Achas que realmente ele está ai dento?
Será que aquele egípcio maldito não nos enganou?

-Acredito que não, Isthar.
Anut nos indicou o caminho certo.
Anurius está dentro do sepulcro.
Posso sentir.
É como se ele estivesse me esperando.
Farei com que o guia me de as chaves do santuário.
Aconteça o que acontecer, não saiam daqui.
Pois aqui vocês estarão protegidos.
Não vou demorar.
Acreditem homens.
Vamos acender esta torre.

-Deixe-me ir junto com o senhor, nobre príncipe.

-Não, Jabnit.
Terei de ir sozinho.
Fique aqui e proteja Isthar e Hamilcar.

Isthar comenta com um ar irônico.

-Como se Jabnit fosse capaz de nos proteger.

-Isthar, não saia de dentro do círculo de proteção.
Em breve voltarei com as chaves do santuário.
Que Astartéia nos proteja.

Baltar abre a porta do sepulcro.
Ao entrar, a porta se fecha misteriosamente.
E as tochas que estão alinhadas no corredor que leva a câmara principal, acendem uma a uma, como mágica.
O príncipe senti um arrepio em seu corpo ao adentrar no corredor iluminado pelo fogo.
Nas paredes, há desenhos e símbolos, descrevendo os rituais de embasamento dos corpos, realizados por Medicis e Anurius.
Baltar chega a câmara principal.
É uma sala imensa.
Há vários sarcófagos, um do lado do outro.
No centro da câmara, há um templo onde eram feitos os crematórios.
Para a realização dos rituais da passagem.
No fundo, há milhares de abotijas de ouro em estantes de madeira.
Guardando as cinzas dos mortos.
Em cada uma há um nome e um símbolo gravado.
O príncipe fica admirado com a quantidade de ouro que há no salão, espalhado nas paredes, nos sarcófagos e no teto.
Derrepente, uma sombra surgi á frente de Baltar.
A figura projetada na parede mostra um ser alto, usando um elmo que lembra a cabeça de um chacal.
A sombra também mostra que ele está segurando um cetro.
O príncipe fenício então se vira e diante de seus olhos Anurius se apresenta.
Ele está usando uma túnica branca.
Porém não muito comprida.
Ele está usando braceletes e sandálias de ouro.
Seu elmo é dourado e preto.
Com a cabeça de um chacal desenhada.
Seu cetro também é de ouro.
Coberto de rubis e esmeraldas.
O grande guia então tira seu elmo, e revela sua face dizendo ao príncipe:

-Estava a tua espera, nobre guerreiro.

-Mestre Anurius!!!
É uma honra estar diante de vós.
Meu mestre falou-me de suas estórias  e de sua nobre missão.

-O destino lhe presenteou com um sábio mestre.
O grande mago é um dos portadores da luz.
Sinto a força dele em vosso espírito.
Se continuares seguindo seus passos.
Te tornarás um grande mestre também.

-Então serei merecedor?
Receberei as chaves do santuário, mestre Anurius?

-As chaves apenas abrirão as portas do santuário.
Não despertará a chama de Orion.

-Mas a chama não está emergindo entre as mãos de ouro?

-Quando a chama da torre apagou-se, o fogo sagrado emergido nas mãos de ouro também foi soprado.

-Então não conseguirei acender a torre?
Quer dizer que estamos condenados?

-Não pensei que desistiras tão fácil.

-Mas como farei para acender a torre?

-Aquele que acredita em sua própria capacidade, é capaz de realizar qualquer feito, Baltar. 
Ainda tens uma esperança.
Existe uma maneira de reacender a chama de Orion nas mãos de ouro novamente.
Quando Medicis era jovem.
Ele curou o filho de um sábio rei de uma das ilhas distantes de Atlântida, conhecida como Shamballa. 
O menino não podia andar.
Nasceu aleijado.
A criança fora amaldiçoada por um demônio maligno, quando ainda estava no ventre da mãe. 
Medicis havia expandindo seus conhecimentos na engenharia do corpo.
E havia descoberto uma magia poderosa, através do cordão que ligava os recém nascidos as mães. 
Ele extraia uma essência, capaz de curar varias doenças.
Após curar o menino, o sábio rei Rudrachakrin, em agradecimento a cura de seu filho, deu a Medicis um presente. 
A relíquia de Shamballa.
Uma lamparina de ouro.
Dizem que além de ser sagrada, tem grandes poderes mágicos.
Medicis sempre acendia a torre com ela.
E assim o fez pela última vez.
Após acender a torre com a chama de Orion, ele escondeu a lamparina de Shamballa em um lugar secreto.

-E onde ele a escondeu, mestre Anurius?

-Medicis enterrou a lamparina, em baixo da primeira árvore que foi plantada em Atlântida.

-A figueira!!!!!
 A árvore que foi plantada pelas próprias mãos da Deusa Orion.
É a única árvore com vida na ilha fantasma.
Foi a única que não foi atingida pelo fogo.
A figueira está no topo da montanha da morte.
Anut nos mostrou antes de entrarmos na floresta retorcida.

-Somente com a lamparina de Shamballa, tu conseguirás reacender a chama nas mãos de ouro.

-Mas como?

- A lamparina  guarda um grande segredo.
Somente aos nobres será revelado.
Terás que busca-lá no topo da montanha da morte, e leva-la até o santuário.
A lamparina  não só acenderá a chama nas mãos de ouro, como também servirá para que tu possas levá-la até a torre.
Nela, o fogo sagrado estará protegido.

-E o tempo? 
O sino já badalou três vezes.
Ao completar as nove badaladas, estaremos condenados.
O santuário fica muito longe da torre.
Primeiro preciso pegar a lamparina na montanha da morte.
Como farei para escalá-la?
Tenho medo de não conseguir, mestre Anurius.

-Nada é impossível quando acreditamos em nossa força, Baltar.
Muitos obstáculos surgem no meio do caminho, mas nunca devemos desistir.
Se deixarmos os sentimentos de incapacidade e o medo nos dominar, então nossa busca será em vão.
Sempre existe uma esperança para aquele que busca a luz.
O caminho é coberto de flores, mas as vezes se enche de espinhos.
Por mais árduo que seja o caminho, nunca devemos desistir de seguir adiante.
Se acreditares que poderá realizar, então conseguirás.
Não desista, Baltar.
Não precisarás escalar a montanha.
Se entrares em uma de suas cavernas, verás que por dentro, será mais fácil para chegar até o topo da montanha.
E a distancia entre o santuário e a torre, pode ser menor do que pensas.
As mãos de ouro estão em uma coluna de mármore.
Se olhares com atenção, irá perceber os símbolos que estão gravados nela.
Escolha sabiamente um dos símbolos.
Pois um deles abri uma câmara, escondida no santuário.
Esta câmara te levará muito mais rápido até a torre.
Pegue isto, Baltar.
Estas duas chaves abrem as portas do santuário.
Agora vá, e cumpra teu destino, nobre guerreiro.

Anurius entrega as chaves do santuário para Baltar e se despede do príncipe fazendo o sinal das três doutrinas.
Uma intensa luz surgi em seu cetro, iluminando todo o sepulcro.
Ele então desaparece.
Baltar atravessa o corredor confiante.
Uma força extrema invade seu espírito.

The Orion Flame 





Alexsandro Ribeiro 🔮

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