Translate

domingo, 10 de novembro de 2019

O legado de Atlântida 🌅





O legado de Atlântida 🌅


- Quando os atlântes saíram das águas, guiados por sua rainha Orion.
Construíram a cidade de Atlântida em uma ilha gigantesca, que era ligada á um estreito onde hoje é as colunas de Hércules.
A cidade de Atlântida era mais que uma simples ilha.
Sobre a terra havia a cidade com seu capitólio e seus concêntricos.
E em baixo nas profundezas do mar, Atlântida era ainda maior.
Uma magnífica cidade submarina.
Os atlantes evoluíam rapidamente.
Os homens que habitavam as outras ilhas não tinham sua mesma evolução, porém  multiplicavam-se em grande número.
Já dominavam o aço, construíam suas cidades, e tinham suas doutrinas.
Os atlantes eram adquiridos de inúmeros conhecimentos.
Eles eram poderosos e a sabedoria prevalecia sobre as duas cidades.
A grande ilha sobre a terra, e sua imensa cidade submarina.
Os atlantes podiam respirar sobre a água e por debaixo dela.
Eram clarividentes e aprofundados nas ciências e nas magias.
Tinham vários poderes e uma inteligência incomum.
Se comunicavam por telepatia.
Podiam levitar e conheciam todos os segredos que envolvem a natureza e seus elementais.
Em media os atlantes viviam trezentos anos.
Na terceira geração de Orion, que já havia deixado Atlântida, depois de adquirir o grande conhecimento supremo.
Governava então uma nova rainha dividindo o poder com seus três irmãos.
Os descendentes de Orion governaram com sabedoria e equilíbrio a era de câncer. 
Ignis era a rainha, e a ela ficavam as grandes responsabilidades.
Arthirus era o grande juiz.
Era responsável pelas leis na ilha, impondo a justiça e os direitos de igualdade. 
Medicis, que desde pequeno se aprofundara na essência da cura, prevenia as doenças e conhecia todos os mistérios do corpo.
Sepertis era o defensor e grande guerreiro de Atlântida.
Desde pequeno foi preparado para defender Atlântida, pois os homens das outras ilhas eram agressivos.
Já guerreavam entre si para conquistar novas terras e riquezas.
Muitas batalhas foram travadas com os lemuritas.
Os grandes guerreiros de Lemúria tentaram por varias vezes conquistar Atlântida.
Os atlantes tinham armas poderosas mas só as usavam para se defender de seus invasores. 
A grande Atlântida era regida por três doutrinas.
O conhecimento, a magia e a sabedoria.
O conhecimento abrangia várias ciências, dividindo-se em vários seguimentos.
A magia era o ensinamento da essência divina que abrange a existência do ser, e seus mistérios. 
A sabedoria era o conhecimento absoluto que envolve o universo e sua criação, o grande saber.
Os atlantes aprenderam a construir e elaborar através das ciências matemáticas.
Os números infinitos do conhecimento.
Nas ciências da medicina, aprenderam a desenvolver curas através de essências de plantas e de animais.
Aprenderam também como compreender o funcionamento do corpo e como deter seus males. 
Nas ciências químicas, aprenderam a criar fórmulas para gerar energias, combinando elementos e polaridades existentes nesta esfera.
Eram também dotados nas artes, na escrita, na pintura, e na música.
Através da magia, eles aprenderam a compreender a natureza, extraindo das plantas inúmeras fórmulas mágicas.
Através da telepatia, aprenderam a se comunicar com os animais e os demais seres existentes na natureza.
Sabiam ler as estrelas e previam as mudanças na esfera azul.
Na levitação, quando alcançavam o grau mais elevado, conseguiam voar.
Podiam tele-transportar seus corpos para outros lugares.
Eles aprenderam a essência do princípio dos quatro elementos.
O fogo, a terra, o ar e a água, adquirindo inúmeros poderes místicos.
Através da sabedoria eles aprenderam administrar, a valorizar e contemplar suas historias. 
Aprendeream respeitar a evolução e a justiça divina.
Pois os sábios são justos.
Exerciam então a justiça com sabedoria, e passavam seus ensinamentos incessantemente.

Os homens na trirreme estão admirados com as palavras de Milesiano.
Todos parecem entender sua sabedoria.
Curioso, o príncipe Baltar quer saber mais sobre Atlântida.
O ancião então continua sua estória:


Um presente do criador 🌅


-O símbolo das três doutrinas era conhecido pelos grandes mestres.
Era representado por um sinal feito com a mão direita, encolhendo o dedo mínimo junto com o dedo anelar, mostrando somente os três outros dedos.
Um representando o conhecimento, outro representando a magia, e o outro representando a sabedoria.
Sinal que os mestres atlantes usavam como reverencia.
Um gesto profundo de conhecimento e domínio.
As três doutrinas foi um legado deixado por Orion, a Deusa de Atlântida.
A lenda diz, que no principio, quando os atlantes viviam nas profundezas dos mares, eles acreditavam que ainda não estava na hora de subir a superfície, e aguardavam um sinal para que pudessem sair das águas e continuar sua evolução.
Certa vez, Orion afastou-se de sua cidade submarina e encontrou um abismo no fundo do oceano.
Sua coragem, sua determinação e sua aguçada intuição, a fizeram entrar naquele abismo escuro e sombrio.
Ao descer, ela avistou uma estranha luz luminosa que saia da imensidão.
Uma luz tão luminosa quanto o sol.
Mesmo sentindo medo, ela confiou em sua força e intuição, e seguiu a diante.
Quando chegou no final do abismo, após descer toda sua profundidade, ela teve uma visão mágica.
Diante de seus olhos havia uma imensa pirâmide de luz, e dentro dela, Orion encontrou um misterioso tesouro.
Duas esferas de cristal, e em cada uma delas haviam nove símbolos gravados.
As esferas não eram muito grandes, e os símbolos salientavam-se em sua transparência, onde as luzes produziam diversas cores.
O cristal era composto de um nobre material, sendo tão resistente quanto aço e tão leve quanto uma pluma.
Orion voltou levando as duas relíquias que havia encontrado na misteriosa pirâmide de luz, dizendo ao seu povo que a hora de subir a superfície havia chegado.
E para provar sua profecia, ela subiu em uma das ilhas que existia perto da grande Líbia. 
Orion então entrou dentro da floresta, enquanto que os atlantes, espantados, estavam esperando para ver o que iria acontecer.
Os atlantes conseguiam se comunicar com todos os seres do mar através de sua clarividência, usando a telepatia.
Porém não conseguiam se comunicar com os animais terrestres, por isso temiam a superfície. 
Quando Orion voltou de dentro da floresta, os atlantes não acreditaram no que viram. Ela estava com nove leões em sua volta, e um brilho radioso emergia de todo seu corpo. 
Orion segurava as duas esferas de cristal, que pareciam dois escudos iluminados em suas mãos.
E ali, iluminada pelo sol e cercada por nove leões, que a reverenciavam como rainha, Orion deu o sinal que seu povo tanto aguardara.
Naquele momento surgira a era de leão.
Os atlantes perceberam que a hora de subir a superfície havia chegado, e que aquelas duas esferas mágicas com os nove símbolos gravados era um presente deixado pelo grande criador, por eles terem esperado sua evolução completar-se nas águas.
Eles então decifraram os nove símbolos e despertaram as três doutrinas.
Construíram sua magnífica cidade na superfície, e nomearam Orion como rainha.
As duas relíquias com as três doutrinas foram guardadas no capitólio de Atlântida.
No templo feito para o grande criador.
Os atlantes as colocaram no meio das mãos de ouro para que todos pudessem contemplar o grande saber.



Essência sagrada 🌅


Ignis, Arthirus, Medicis e Sepertis seguiam os ensinamentos deixados por Orion.
O equilíbrio de Atlântida era mantido.
Todos seus habitantes eram ensinados desde pequenos pelos grandes mestres.
Onde cada um exercia uma de suas faculdades.
Desde o princípio de sua existência,  os atlantes respeitavam a natureza, e sabiam que a esfera azul era a grande mãe de todos os seres.
Eles se reuniam sempre ao por do sol, e juntos elevavam seus pensamentos e energias, para que a grande esfera mantivesse seu equilíbrio.
Sempre que o sol ia dormir, os atlantes paravam o que estivessem fazendo, para elevar seus pensamentos á esfera.
Além de reverenciarem a esfera azul, eles também reverenciavam o criador.
O grande mestre que criou todas as esferas e todos os seres do universo.
Orion era o símbolo dos atlantes, que depois de se tornar rainha, ao encontrar as duas relíquias na pirâmide de luz, descobriu o conhecimento supremo, chegando ao nível mais elevado de evolução nesta esfera.
Os grandes magos dizem que Orion, depois de decifrar o segredo dos quatro elementos, encontrou a chama da vida.
O fogo sagrado elaborado pelo grande criador.
Uma energia extraída de seu próprio corpo celeste.
É através desta energia que são criadas as essências,  dando luz e vida a todos os seres deste universo.
Dizem que Orion em seu estagio mais elevado, conseguiu gerar a chama da vida que ilumina o mundo dos anjos, onde são geradas todas as almas.
Depois disto, Orion se despediu de Atlântida, e partiu para continuar sua evolução. 
Orion partiu usando uma magia muito poderosa, e quando ela partiu, três estrelas nasceram no céu.
Os atlantes então deram o nome da Deusa para aquelas três estrelas iluminadas.
E construíram dois santuários, um em cada extremidade da ilha.
Em cada santuário haviam duas mãos de ouro em uma coluna de mármore, contendo a chama sagrada.
Como se as mãos do grande criador estivessem oferecendo o saber infinito da existência.



O tratado de Ignis 🌅


-Mestre druida, mas como parte de Atlântida se separou transformando-se nesta ilha fantasma?

-Infelizmente o bem sempre foi invejado pelo mal, nobre príncipe.
O equilíbrio da esfera azul sempre dependeu de seus habitantes.
Naquela época, os homens das outras ilhas matavam-se uns aos outros.
Não se respeitavam.
Queriam só conquistar riquezas e terras.
Os homens por serem mais fortes, dominavam as mulheres.
Não as respeitavam, ignorando sua grandeza e sabedoria.
As igualdades não existiam.
O mais poderosos datavam as leis, e os mais fracos eram escravizados, e viviam perante a crueldade dos que eram mais poderosos.
Atlântida era única.
Sabendo das maldades dos outros homens, manteve-se distante.
Sabiam que os homens, por sua ignorância, jamais compreenderiam e aceitariam o grande saber.
Muitos mestres atlantes visitavam as outras ilhas, passando-se por forasteiros.
Eles sabiam como os homens viviam.
Suas ganâncias, seus atos, e seus males.
Medicis estava num estágio muito avançado em seus estudos sobre as ciências do corpo. Ele vira como os homens das outras ilhas morriam, e sofriam com doenças maléficas. Doenças que Medicis já conhecera muito antes.
Ele queria que Ignis desse permissão para que pudesse expandir seus estudos nos homens das outras ilhas.
Queria levar a cura para aquelas pessoas.
Não achava justo que os atlantes com tantos avanços, não ajudassem os outros homens. Que apesar de sua ignorância, por não terem esperado sua evolução completar-se nas águas, também faziam parte do grande criador.
Portanto os atlantes teriam a obrigação de dividirem seus conhecimentos com os homens das outras terras. 
Ignis estranhara a proposta de Medicis, pois ele sempre fora mais integrado nas ciências do que na grande magia.
Seu intelecto era muito mais avançado que sua clarividência.
Ignis então procurou Arthirus, para que ele a ajudasse a resolver esta questão. 
Arthirus, o justo, percebeu que seu irmão estava certo.
Já era hora de Atlântida integrar-se com os outros povos, mas isto deveria ser feito de maneira sábia.
Antes de abrirem as portas de Atlântida, deveriam primeiro saber como seriam recebidos pelas outras ilhas.
Ignis contagiou-se com as palavras de Arthirus.
Ela então elaborou um plano.
A rainha era a mais velha dos quatro irmãos.
Já tinha três filhos.
As crianças eram Dana, Haron e Creta.
Ela então resolveu preparar seus filhos para esta mística missão.
Dana aprofundar-se-ia na grande magia, e extrairia da natureza seus conhecimentos e mistérios. 
Haron aprenderia todos os segredos das ciências matemáticas.
As geometrias e arquiteturas que abrangem as construções e seus segredos.
A grande magia de construir, direcionando as energias.
Creta receberia todos os ensinamentos da política, e também aperfeiçoaria suas ciências das artes, na escrita e na música.
As crianças teriam tempo suficiente para concluírem seus estudos.
E o tempo para os atlantes sempre foi uma virtude especial.
Quanto mais o tempo passara, mais aumentara o conhecimento, adquirindo mais sabedoria.
Dos irmãos de Ignis, Sepertis o mais jovem, era o único que não concordava com a idéia de passar seus ensinamentos para os homens das outras ilhas.
Ele era contra os atlantes relacionarem-se com os homens.
Como já havia sido decretado, em um tratado feito pela rainha junto ao conselho de Atlântida, que quando estivessem preparados, os filhos de Ignis levariam seus conhecimentos para os outros povos.
Já tinham decidido que Dana expandiria a magia, e a levaria para todas as partes da esfera azul. 
Haron levaria seus ensinamentos para uma das terras mais habitas pelo homem.
O Egito
Era lá que Haron iria selar os elos recíprocos de amizade e justiça.
Creta levaria seu conhecimento e sua arte para uma ilha que ficava próxima á Atlântida. 
Ela os ensinaria as ciências da política e das artes, consolidando assim o grande saber da igualdade.
A esfera era dividida em cinco grandes ilhas.
Conhecidas pelos atlantes como os cinco contínuos.
A idéia dos atlantes era passar seus ensinamentos para as quatro ilhas, que junto á Atlântida, formavam os cinco contínuos.
O número que representa o criador.
O número do equilíbrio.
Se todos recebessem o conhecimento, a magia e a sabedoria.
Poderiam fazer com que a esfera azul se expandisse cada vez mais, e o equilíbrio seria eternamente mantido.
Todos merecem saber o grande saber, pois todos são iguais perante o criador.
As três doutrinas teriam que habitar todas as cinco ilhas da esfera azul, para só assim habitar o coração e a alma dos homens.
Todos em Atlântida esperavam com sabedoria a grande missão que os três irmãos estavam se preparando para realizar, menos Sepertis, que ainda não concordava, e expandia-se cada vez mais nas artes da guerra.
Elaborando novas armas e técnicas de combate sobre a água, o ar, e a terra.
Medicis tentava convencer o irmão que os homens podiam ser bons e sábios.
Medicis então propôs a Sepertis que o acompanha-se até uma das ilhas que existia fora de Atlântida.
Ele então concordou, depois de muita insistência de Medicis, que era chamado de essenoi pelos homens das outras ilhas.

Baltar cada vez mais curioso pergunta ao mestre druida:

-E para onde eles foram, mestre Milesiano? Em que ilha Medicis levou Sepertis?

-Eles partiram para o Egito.
Sepertis se impressionara com o imenso deserto e da beleza que abrangia o rio Nilo. Passando-se por forasteiros, foram até cidade de Gizé.
Sepertis ficara maravilhado com as mulheres egípcias.
Elas eram lindas como as atlantes, porém enfeitavam mais sua beleza.
Ele vira como o ouro e as pedras preciosas tinham um outro significado para os egípcios, que as trocavam por comida e luxos.
Ouros e pedras que para os atlantes servira apenas como canais de energia.
E esta era sua verdadeira riqueza.
Que para os egípcios, tinha o valor da conquista.
Sepertis viu as diferenças.
Os que tinham mais, podiam mais, e os que tinham pouco, não tinham nada.
A desigualdade prevalecia naquele lugar.
Depois de andarem bastante pela cidade, voltaram para Atlântida.
Sepertis estava encantado com o que vira.
No dia seguinte, procurou Ignis para lhe falar.
Ele disse-lhe que estava arrependido, e que aquele povo merecia conhecer os ensinamentos de Atlântida, e despertar as três doutrinas em seus corações.
Ele então propôs a Ignis que ela concordasse que ele adianta-se a missão.
Levando o ensinamento antes do tratado.
Mais uma vez Ignis recorreu a Arthirus, que não concordou com a proposta de Sepertis, pois o tratado deveria seguir como planejado.

-Porque Arthirus não aceitou a proposta de Sepertis, mestre?



O alquimista de Atlântida 🌅


-A relação de Arthirus e Sepertis sempre foi distante, Baltar.
Sepertis sempre invejou Arthirus por sua beleza e postura, e também por sua força. Em um dos torneios que realizavam nas arenas de Atlântida, Arthirus era conhecido como Minotron. 
Pois ele conseguia vencer um touro usando somente uma das mãos. 
Em uma das magias profundas, chamada de hieros gamos, a magia que transcende os seres, o casamento sagrado, a grande alquimia.
Arthirus dominava esta magia, e era visto pelas mulheres atlantes como o grande mestre alquímico.
O alquimista de Atlântida tinha várias  sacerdotisas.
Ele era o grande condutor desta profunda energia.
Cada mestre alquímico tinha seu harém, e transcendiam a magia dentro das pirâmides vermelhas.
Os templos do hieros gamos em Atlântida.
Arthirus apaixonou-se por uma de suas sacerdotisas.
Seu nome era Haluna.
Uma das mulheres mais lindas de Atlântida.
Sepertis por sua vez não dominava muito esta magia.
E sua paixão por Haluna o afastara mais ainda de seu irmão.
Seus encontros eram raros, e sempre que aconteciam, era sucumbido pelo silêncio. 
Ignis deu a resposta para Sepertis, que indignado, não aceitou.
Dizendo que ela como rainha, poderia mudar as ordens de Arthirus.
Disse que ela não estava sendo justa, pois ele como descendente de Orion, também tinha o direito de opinar.
Ele então conseguiu convencer Medicis. Dizendo que deveria concretizar-se com o Egito logo.
Que não havia necessidade em esperar o tratado que Ignis e Arthirus haviam planejado. 
Sepertis disse a Medicis, que se eles se unissem, poderiam mudar o tratado. 
E que Medicis não precisaria esperar que os três irmãos crescessem para expandir seus estudos nas ciências do corpo.
Convencido com que o irmão lhe falara, Medicis pediu que Ignis reunisse o conselho de Atlântida, para resolverem esta questão, usando o direito de igualdade.
Pois teriam o mesmo direito de opinar assim como Arthirus.

Jabnit partindo um pedaço de pão, pergunta ao ancião celta:

-O que o conselho de Atlântida decidiu, mestre Milesiano?



Torre das ilusões 🌅


-Com todos reunidos, Atlântida ficara dividida.
De um lado, Ignis e Arthirus queriam que o tratado fosse seguido como deveria.
Do outro lado, Sepertis e Medicis queriam iniciar a missão de unificação de Atlântida com as outras ilhas.
Neste caso, somente o conselho supremo poderia resolver.
O conselho era formado por vários mestres atlantes.
E mais uma vez deveriam decidir o destino da ilha.
Sabiamente o conselho decidiu que o povo de Atlântida deveria escolher de maneira justa. 
Os que concordassem com Ignis e Arthirus, ficariam com eles, e os que concordassem com Sepertis e Medicis, ficariam com estes, e a ilha seria dividida.
O povo de Atlântida decidiu democraticamente, e a maioria ficou com Ignis e Arthirus. 
A minoria concordara com Sepertis e Medicis.
Sendo assim, o conselho decidiu que Ignis e Arthirus iriam governar a maior parte da ilha, e que Sepertis e Medicis governariam a parte menor, e poderiam fazer o que quisessem, desde que respeitassem seus territórios.
A ilha então foi dividida em duas partes.
A maior parte continuou com nome de Atlântida, e a ilha menor se chamaria Antares. 
Atlântida seguia suas doutrinas, aguardando o amadurecimento de Dana, Haron e Creta. Antares não seguia mais as mesmas doutrinas.
Seu povo tinha liberdade de sair da ilha quando bem queriam, e tinham o direito de conviver com as pessoas das outras ilhas.
Sendo assim, as pessoas das outras ilhas poderiam também conviver em Antares, que abrira suas portas para todos, e construíram uma torre para marcar seu nascimento e sua independência.  
Nesta torre os antarianos acenderam a chama de Orion.
O fogo sagrado, a chama da vida.
Eles agora eram livres, e faziam negócios com os homens das outras ilhas.
Um forasteiro muito rico e poderoso que se tornara amigo de Sepertis, levou seu harém para Antares, e construiu um palácio luxuoso para abrigar suas lindas odaliscas. Medicis concluía cada vez mais suas experiências.
Tratava e curava os outros habitantes da esfera azul, adquirindo mais conhecimento sobre a engenharia do corpo.
Sepertis criou um grande exército, e criava armas e técnicas mais elaboradas nas artes da guerra. 
Antares se tornara muito conhecida pelas outras ilhas, por sua hospitalidade e o poder de suas armas incríveis.
Os antarianos aos poucos iam perdendo suas capacidades e magias, tornado-se mais parecidos com os homens das outras ilhas.
Onde a cobiça e o poder ofuscavam as virtudes.
Com este poder nas mãos, Sepertis cada vez mais ambicioso, decidiu então que era hora de conquistar novas terras, e expandir Antares por toda a esfera.
Medicis não concordou, mas de nada adiantou suas palavras, pois o maior poder pertencia a Sepertis.
O seu exército poderoso.

-E para onde ele foi, mestre? 
Que lugar da esfera azul ele conquistou?

-Ele já tinha tudo em mente, Hamilcar.
Sepertis levou seu exército para o Egito, em Gizé, conquistando toda cidade.
Ele havia esquecido seus grandes ensinamentos, e o poder agora corrompia sua alma. 
Cego com este poder, Sepertis escravizou o povo de Gizé, fazendo-os com que construíssem uma nova cidade.
O exemplo de Sepertis seguiu-se em Antares.
Seus habitantes se corrompiam cada vez mais.
Cada um queria ter o palácio mais coberto de ouro que o outro.
Brigavam pelas terras.
Matavam-se por ciúmes e inveja.
Caluniavam-se, e agrediam- se uns aos outros.
As mulheres não eram mais sagradas.
Eram usadas somente para satisfazer o desejo dos homens.
Os antigos atlantes mudaram seus costumes.
Antes só se alimentavam através de vegetais, frutas e grãos, agora comiam carne em abundancia,  e muitas doenças começavam a surgir.
Uma nuvem escura cobria Antares.
A chama de Orion que iluminava a torre, também estava se apagando lentamente. Medicis se corrompera pela idéia de que podia ter o mesmo dom que o grande criador. 
E queria provar para si mesmo que podia gerar vidas.
Ele então desenvolvera várias maneiras de conservar os corpos, os embalsamando. Mantendo corpos que já não tinham mais o sopro da vida.
Ele os conservava a fim de encontrar um meio para voltarem a viver.
Ele queria romper as barreiras da morte, trazendo a vida que já havia se concluído nesta esfera. 
Obcecado por esta idéia, Medicis mergulhou em seus estudos, e desenvolveu uma magia poderosa.
Ele era capaz de formar vários animais, a partir de um.
Mas algo ainda não estava perfeito, pois os animais morriam pouco antes de nascerem. Enquanto isso, Sepertis dominava o Egito.
E o povo escravizado, temia seu poder.
Ele casara-se com uma egípcia chamada Núbia.
Ela era linda, como o nascer do sol no Egito.
Sepertis queria deixar um herdeiro, e lhe ensinaria todos os conhecimentos para seguir seu legado. 
Mas o destino não estava a seu favor.
Ele não conseguia fazer com que Núbia lhe desse um filho.
Sepertis, desesperado, então procurou Medicis, que lhe confirmou que ele jamais poderia gerar um filho, pois sua semente não vingara, e que não poderia ajuda-lo. 
Pois estava mergulhado em seus estudos.
Sepertis sentiu um ódio muito grande, pois percebera que Medicis não o quis ajudar através de seus conhecimentos.
Já haviam se passado alguns anos.
Os três irmãos ainda estavam recebendo seus ensinamentos.
O tratado ainda iria seguir.
As maldades e injustiças de Sepertis era motivo de tristeza em Atlântida.
Seus atos de crueldade feria as três doutrinas da ilha.
Arthirus resolveu então dar um basta no mal que Sepertis havia feito.
Ele então partiu para Gizé, e foi encontrar seu irmão para lhe fazer um acordo.
Arthirus chegou no Egito e foi até a casa de Sepertis, que morava num palácio coberto de ouro e pedras preciosas.
Arthirus não reconhecera o irmão, que havia se desfigurado por sua maldade e ambição. Ele se tornara rude e mal.
Dizem que Sepertis havia feito um pacto com um demônio maligno, que queria criar um exército poderoso para conquistar toda a esfera azul e escravizar todos os povos. Arthirus, o justo, percebera que de nada adiantaria tentar convencer Sepertis a entregar o Egito para seu povo, e resgatar as três doutrinas que havia esquecido. Percebera que aquele não era mais seu irmão.
Uma energia negra exalava no ar, até que Núbia surgiu, e apresentou-se a Arthirus, que ficara encantado com sua beleza estonteante, sentindo um desejo muito forte por ela. 
Desejo que também fora recíproco por Núbia.
Sepetis percebeu os olhares de ambos, e descontrolado expulsou Arthirus de seu palácio, e começou a surrar Núbia na frente de toda a guarda.
Arthirus então entreviu.
Dominou Sepertis com sua magia atlante. Mostrando que além de justo, era forte. Núbia implorou para ir junto com ele, pois não agüentava mais sofrer todos os dias. 
Pois Sepertis a castigava por ela não germinar sua semente.
Arthirus então pegou Núbia nos braços, e a levou daquele lugar maligno.




O veneno de Sepertis 🌅


-O que Sepertis fez, mestre?

-As vezes, os atos alimentam o ódio, príncipe Baltar.
Sepertis estava no chão, humilhado e cego pelo ódio.
Quando Arthirus passou pelo exército de Sepertis,  todos baixaram suas cabeças, pois respeitavam o poder do grande guerreiro atlante.
O justo dos justos.
O valente Minotron, que encantava a todos nas arenas de Atlântida com suas vitórias magníficas.
Enquanto a lua iluminava a cidade mágica de Gizé, os olhos de Arthirus se iluminavam pela bela Núbia.

Os homens estão curiosos e a estória de Atlântida cada vez faz mais sentido para Baltar e os demais.
O mestre druida então prossegue com sua estória, enquanto a trirreme fenícia segue seu destino incerto e sombrio.

- Arthirus não resistiu sua paixão por Núbia, que também se entregou aos braços do amor.
Os dois então se amaram ás margens do rio Nilo.
Com o céu coberto de estrelas, Arthirus e Núbia realizaram seu hieros gamos secreto. A magia sagrada dos amantes.
Arthirus chegou em Atlântida com Núbia nos braços, e Haluna percebera o que havia acontecido. 
Ela entaõ ignorou Núbia, e acusou Arthirus de ser corrompido pelo veneno de Sepertis.
Arthirus empoes seu direto de ter quantas esposas quisesse, pois ele era o condutor alquímico da ilha, e queria empossar-se deste direito.
Um desequilibro assombrava Atlântida.
Ignis estava preocupada e orava para que Orion iluminasse a ilha.
Pedia-lhe para que seus irmãos se unissem novamente, para que a paz pudesse voltar a reinar.
O pedido de Ignis foi em vão, pois Sepertis agora mais do que nunca odiava Arthirus, e a ele prometera vingança.
Mais alguns anos passaram-se.
O progresso de Medicis era imenso.
Muitas doenças surgiram em Antares devido a mistura das raças, e Medicis era capaz de trata-las e cura-las.
Os animais criados por ele cresciam de forma natural, porem em uma certa idade apresentavam doenças que Medicis não conseguia tratar.
Mesmo assim ele se preparava para fazer o mesmo com o homem.
Pois acreditava ter encontrado a fórmula do criador.
Certo dia, Sepertis bateu em sua porta, e com um ar falso aproximou-se de seu irmão, dizendo que se sentia só, e que resolvera voltar a Antares, afim de fazer as pazes com seu irmão Arthirus, e unir Atlântida e Antares novamente.
Medicis acreditou no irmão, e o recebera de braços abertos em sua casa.
Sepertis convenceu Medicis a realizar um encontro com Arthirus, para que eles pudessem selar a paz.
Sepertis mostrou-se interessado nos conhecimentos de seu irmão, e quis saber sobre os remédios que ele elaborava.
Medicis ficara impressionado com o interesse de Sepertis, então lhe falou de seus progressos, de como havia encontrado a cura de várias doenças atravez de várias  espécies de peixes.
Pois se todos os seres se originaram nas águas, suas essências estariam sempre presentes em seus ancestrais.
Sepertis pediu que Medicis lhe mostrasse as fórmulas letais que eram tiradas de algumas plantas, e de alguns animais, como cobras, escorpiões, e rãs.
Medicis explicou, sem perceber as intenções cruéis de Sepertis.

Hamilcar cada vez mais intrigado pergunta com um ar raivoso:

-O que este tirano fez desta fez, mestre druida?

-Sem querer, Medicis revelou a Sepertis uma fórmula de um veneno poderoso, extraído de várias plantas.
Com seu plano arquitetado, ele então voltou para o Egito.
Enquanto Medicis encarregou-se de levar o recado para Arthirus, que desconfiou das intenções do irmão.
Mas foi convencido por Ignis e Medicis a selar a paz.
Arthirus então foi ao encontro de Sepertis na cidade de Gizé, levando consigo alguns guerreiros atlantes.
Ao chegarem, Sepertis já o aguardava em seu luxuoso palácio.
Arthirus ficou impressionado com o exército que Sepertis havia formado.
Os guerreiros portavam lanças de aço e escudos de energia solar.
Sepertis aproximou-se, e dirigiu a palavra ao seu irmão, dizendo-lhe que se arrependera de ter deixado Atlântida, e que se o justo irmão permitisse, queria voltar a sua terra, devolvendo o Egito ao seu povo.
Arthirus viu sinceridade nos olhos do irmão, e reconhecera que Sepertis merecia reencontrar o caminho do bem.
Com as mãos entrelaçadas, Sepertis e Arthirus selaram a paz.
E para comemorar, o anfitrião pediu para que um de seus serviçais service-os um pouco de vinho. 
O serviçal serviu o vinho em duas taças.
Uma de metal, e outra de cristal.
Sepertis então ofereceu a taça de cristal ao irmão, dizendo-lhe que suas intenções eram tão transparentes como a taça que Arthirus segurava.
Sepertis tomou o vinho em sua taça de metal bem devagar, enquanto Arthirus em um único gole estava prestes a encontrar seu cruel destino, pois Sepertis havia colocado o mortal veneno na taça que oferecera ao irmão.
Que caiu no chão e ficou paralisado com o poderoso veneno.

-O maldito foi capaz de matar o próprio irmão? 
Que miserável!!!!

-Ora Isthar, vejo que também tens sentimentos.
O pobre Arthirus agonizou até a morte com aquele cruel veneno.
Sepertis ordenou para que seu exército matasse todos os guerreiros atlantes, que aguardavam Arthirus nos jardins do palácio, deixando apenas um sobrevivente, para que este levasse um recado para Atlântida.
O flagelado guerreiro então chegou a Atlântida, e procurou a rainha, dizendo-lhe que Sepertis havia matado Arthirus, e colocado seu corpo no rio Nilo.
E que em breve mandaria seu exército para atacar toda a cidade.
Todos ficaram tristes em Atlântida.
Inconformada, Ignis não acreditava que Arthirus tivesse morrido pelas mãos do próprio irmão.
A rainha então reuniu alguns guerreiros atlântes para que eles encontrassem o corpo de Arthirus no rio Nilo.
Medicis sentiu-se culpado por ter revelado a fórmula do letal veneno para Sepertis,  e chorou a perda de seu precioso irmão.
Depois de muito procurarem, os guerreiros atlantes acharam o corpo de Arthirus nas margens do Nilo, e levaram-no para Atlântida.
Ele estava com o semblante tranqüilo, e com sua mão direita no lado esquerdo do peito. Haluna e Núbia, suas esposas, ficaram desoladas, e choraram suas tristes lágrimas  por seu amado. 
Medicis pediu para que Ignis não realizasse o ritual da passagem, queimando o corpo de Arthirus, pois ele haveria de encontrar uma maneira de traze-lo de volta.
A rainha então concordara em deixar o corpo de Arthirus aos cuidados de Medicis, que conservou o corpo do irmão, e partiu para testar seus conhecimentos que aprendera ao duplicar animais de várias  espécies.
Medicis estava predestinado a trazer Arthirus de volta a vida.

-E ele conseguiu realizar este feitiço, mestre?



A revelação de Zanor 🌅


-O desejo do homem quando não cega os olhos, pode transformar qualquer desejo em conquista, jovem príncipe.
Medicis não entendia, porque as mulheres depois de engravidarem através da essência que ele extraia do corpo de Arthirus, não vingavam, pois a gravidez sucedia-se até a décima segunda lua.
Medicis usou esta profunda magia em várias sacerdotisas, mas não conseguia ter êxito. Ele então foi a procura de um grande mestre atlante, chamado Zanor.
Um dos mais sábios anciões, que conhecia todos os mistérios da chama de Orion.
A chama da vida.
Medicis queria entender, se ele era capaz de criar um embrião, engravidando as mulheres com a essência que extraia de Arthirus, por que então não completavam seu processo de formação? 
O mestre atlante disse-lhe, que somente o grande criador poderia dar vida a um ser, pois somente dele é gerado o fogo da vida.
É através deste fogo, que são criadas as essências, que dá a vida ao corpo de todos os seres. 
Esta essência é somente ligada ao corpo, depois que este completa doze luas no ventre de sua mãe. 
Que nas mulheres, depois de mais doze a vinte e quatro luas, está pronto para nascer.
E quando isto acontece, o condutor, o cordão invisível que liga a essência de luz, ao corpo já formado, faz com que esta essência ocupe todo o corpo, unindo-os sabiamente. 
E assim surgi a luz da vida.
Onde a essência e o corpo tem a mesma forma.
A essência é eterna, e o corpo, apenas uma casa para abriga-la no plano físico desta esfera. 
Sendo assim, somente o grande criador pode unir uma essência gerada por ele, ao corpo que está se formando no ventre materno.
O mestre atlante concluiu, que no princípio, a vida existia somente em forma de energia. Energias invisíveis, que vagavam neste mundo etéreo.
Com o passar do tempo, algumas energias modificaram e foram ligando-se umas as outras. 
Com a maioria destas energias conectadas, um imenso calor gerou-se.
Que aumentava cada vez mais, conforme estas energias iam se aglomerando.
Que quanto mais conectadas, mais calor produziam.
Chegou um momento, em que estas energias não tinham mais espaço entre si.
Elas ficaram tão comprimidas, que geraram um intenso calor.
E naquele momento, o que era invisível, transformou-se num imenso clarão.
E através desta incrível magia, o universo surgiu.
Naquele momento, o tempo despertou, e as estrelas nasceram no infinito.
Que gerou novas energias, as espalhando por toda a expansão.
Muitas destas energias foram modificando sua forma.
Aprimorando-se cada vez mais em seu estado evolutivo.
Cada uma destas energias era composta de diversas substancias.
Que quando unidas, transformavam-se em essências de energia cósmica.
O grande criador era uma essência, que continha uma energia muito poderosa.
Esta energia era capaz de atrair outras essências, as ligando umas as outras.
Quando ele adquiriu o equilíbrio, ao transformar-se, depois de unido a mais quatro essências, sendo a de maior numero e mais completa de toda a expansão, ele continuou sua evolução.
Então encontrou energias mais nobres.
As quatro essências que deram origem aos quatro elementos:
O fogo, a água, a terra, e o ar.
Quando o criador, unificado em cinco essências, fundiu-se com cada uma destas essências, ele completou sua evolução, unificando-se então em nove essências.
E foi assim, que o grande criador, em forma de energia, expandiu-se de maneira esplendorosa. 
Onde uma grande luz se fez na expansão novamente, e ali criou-se uma esfera iluminada, que quanto maior ficara, mais energia produzia.
Este sol começou a atrair essências cada vez mais nobres.
Que ao se aproximarem desta estrela de fogo, multiplicavam-se, aumentando ambas as energias. 
E isto foi acontecendo, até que se tornaram bilhares de energias todas conectadas de uma só vez.
Estas energias então começaram a se materializarem em pequenos fragmentos.
Onde uma força magnética muito poderosa as unia.
Depois de bilhares e bilhares de anos, aos poucos as esferas começaram a surgir.
E assim foram geradas as esferas, que eram supridas e conectas ao sol, seu genitor.
E este era apenas mais um a ser gerado entre os milhares que se formavam no universo. Que da mesma forma que surgiam, com o aumento de energia por falta de equilíbrio, desapareciam na expansão.
Abrindo caminho para novos surgimentos.
Pois o universo não para de expandir-se. Crescendo a cada instante.
Com sua órbita perfeita, então começou a evolução das esferas.
Onde cada uma seguia seu ciclo evolutivo.
Com as esferas prontas, o criador começou a produzir outras energias.
E foi assim que dele surgiram as essências de luz.
O criador então queria que estas essências habitassem as esferas em seu plano físico. Que já havia gerado milhares de micros seres.
E conforme iam evoluindo e amadurecendo, as essências ligavam-se a eles.
E assim era o processo de evolução.
As essências também amadureciam junto as espécies.
Até que se fez o homem, onde a essência também completara seu amadurecimento. Apesar da evolução ser perfeita, muitas essências não conseguem acompanha-la, pois prendem-se aos instintos e aos sortilégios que a vida física na esfera oferece.
Não completando sua evolução, a essência então retorna várias vezes, até desprender-se destes vícios.
Zanor também lhe dissera, que quanto maior a corrupção e a maldade dos homens na terra, maior será o desequilíbrio da esfera azul.
E que muitos corrompidos e maus, ficarão presos em sua própria ignorância. 
Com suas essências longe da luz, então involuirão na escuridão.
E cada vez mais estas essências perderão seu significado na vida, depois de terem sido geradas pelo criador, não reconhecendo sua grandeza e seu sábio propósito. 
Medicis então compreendera, que não adiantaria nada ele continuar tentando fazer com que Arthirus nascesse novamente, pois ele jamais teria este poder.
Ele percebeu que se distanciara do criador, e que apesar da sua inteligência e talento em compreender os mistérios do corpo, de nada valeriam, pois sua fé havia sido esquecida. Medicis então procurou Ignis, para dizer que ela poderia realizar o ritual da passagem, queimando o corpo de Arthirus.
Pois ele não tinha mais esperanças.
Ignis estava desesperada, pois Sepertis havia ameaçado Atlântida, e já estava marchando para a batalha.
Com todos os guerreiros atlantes reunidos e a cidade protegida, Ignis esperava o pior. Medicis previa uma desgraça ainda maior.
Ele então voltou a Antares com o propósito de reencontrar sua fé.
Ele foi até o santuário que já estava abandonado e esquecido.
Ao entrar no santuário, Medicis percebeu que a chama de Orion que emergia das mãos de ouro estava apagada. 
Medicis ajoelhou-se, e começou a orar para o criador. 
Pedindo que lhe desse permissão para trazer Arthirus de volta a vida, atravez de um filho que poderia fazer, com o talento que a ele foi predestinado.
Pois somente a linhagem de Arthirus poderia dar um fim as maldades de Sepertis. 
Medicis chorou, e verdadeiramente pediu com seu coração e sua alma.
Naquele momento, a chama de Orion surgiu entre as mãos de ouro.
Um fogo azul e iluminado.
Sua fé havia voltado.
Medicis compreendeu a resposta do criador, e inspirado fez sua magia.
Chamando Haluna e Núbia.

-E ele conseguiu realizar esta magia, mestre Milesiano?



A grande magia de Medicis 🌅


-A fé sempre foi maior que a vontade, príncipe Baltar.
Medicis extraiu as essências do corpo de Arthirus, colocando-as nos ventres de Haluna e Núbia. 
Para que uma das crianças, ou se fosse a vontade do criador, as duas nascessem. Sepertis invadiu Atlântida e travou várias  batalhas com os guerreiros atlantes, que eram fortes, e não deixavam que ele tivesse sucesso.
Sepertis então invadiu outras terras, e como era um grande conhecedor das armas e também as desenvolvia, com sua mente doentia, pensava em criar uma arma poderosa para atacar Atlântida.
Usando todos seus conhecimentos nas ciências que envolviam as energias e as polaridades encontradas na esfera azul.
Haluna e Núbia finalmente estavam grávidas, e uma esperança estava renascendo junto com os filhos de Arthirus.
Sepertis ficou sabendo que Núbia estava grávida de Arthirus por uma poderosa magia feita por Medicis.
Ele ficara furioso.
Reuniu então seu maior exército e partiu para Atlântida.
E pela primeira vez, Sepertis venceu a batalha, e dominou a cidade.
Ele queria destruir toda a ilha, e construir um novo Império.
Com todos os habitantes de Atlântida em suas mãos, Sepertis sentiu-se poderoso.
A escuridão estava prestes a vencer a luz, até Núbia, corajosamente lhe fazer uma proposta. 
Ela propôs que se ele liberta-se Atlântida e seu povo, voltaria com ele ao Egito, e que o filho que ela estava esperando seria dele, como sempre sonhara ter. 
Sepertis agradou-se da proposta de Núbia, pois aquela criança que iria nascer poderia ser seu sucessor.
E assim foi feito.
Sepertis libertou Atlântida, e levou Núbia com seu filho no ventre.
Apesar de sua maldade, ele ainda amava Núbia, que a cada dia ficava mais triste como uma flor murcha.
Pois o palácio de Sepertis era escuro e sombrio.
Ela não agüentava mais ver o sofrimento de seu povo escravizado por Sepertis.
Ele estava cada vez mais obcecado pela idéia de criar uma arma poderosa, que fosse capaz de matar milhares de pessoas.
Em Atlântida o primeiro filho de Arthirus chegara antes das trinta e seis luas completar-se. 
Haluna não sofrera no parto.
O menino era forte, e logo ao nascer abriu seus olhos.
Haluna acreditava que seu filho era tão rápido e ágil como um falcão.
Lhe deu então o nome de Têmprus.
No Egito, Núbia não tinha a mesma sorte.
As trinta e seis luas já haviam se passado, e a criança ainda não tinha nascido.
A solidão de Núbia havia dominado sua vontade de viver.
Núbia então deu seu último suspiro,  e deu a luz a seu filho.
Que depois de olhar seu rosto belo e puro, morreu.
Sepertis amaldiçoou a criança.
Tentou mata-la, mas não teve coragem.
Ele então deu o menino para uma de suas serviçais cuidar e amamentar.
Mandou chamar Medicis, que quando chegou ao Egito, ficou assustado com a escuridão que havia se abrigado naquela terra.
Ao chegar no palácio, Sepertis lhe entregou o menino.
Dizendo que não queria ficar com aquela criança.
Pois era amaldiçoada por ter tirado a vida de sua amada Núbia.
Medicis não disse nem uma palavra. Simplesmente pegou o menino nos braços, e partiu para Antares.
Ao chegar, procurou Haluna para falar o que havia acontecido.
Haluna ficara triste pela morte de Núbia e disse que iria criar seu filho como se fosse dela, pois isto também faria Núbia.
Ao olhar o menino, Haluna então disse que ele fora expulso e escorraçado como se fosse um chacal, e que iria lhe dar um nome para que a vida nunca mais fosse injusta com ele. Colocou então seu nome de Anurios.
As crianças cresciam juntas e felizes.
Eram cercadas de amor e carinho.
Recebiam as três doutrinas com sabedoria, e vontade de aprender.
As estórias de Arthirus, o justo, era contada para seus filhos, para que eles tivessem orgulho de seu pai.
Enquanto isto, os três irmãos já estavam quase prontos para realizarem suas missões. Dana, Haron e Creta estavam se preparando para levar as três doutrinas para todos aqueles que quisessem recebê-las.
Têmprus e Anurios cresceram rápido.
Já eram jovens, e haviam adquiridos grandes conhecimentos.
Têmprus era um forte guerreiro, e sabia todas as técnicas de batalhas.
Ele, desde pequeno nunca escondera o ódio por seu tio Sepertis, por ter matado seu pai envenenado.
E jurou um dia vingar-se.
Anurios não era um guerreiro, mas se tornara tão sábio e justo quanto seu pai.
Era aprofundado nos conhecimentos das leis, e admirava muito seu tio Medicis, que lhe ensinara todas as técnicas de embasamento dos corpos.
Anurios acreditava, que preparar o corpo para passagem era como conduzi-lo a luz. Como um guia que mostra o caminho.

Baltar cada vez mais curioso, pergunta:

-O que aconteceu em Antares, mestre?
 E Sepertis? Criou a tal arma poderosa?

-Antares estava cada vez mais sombria, pois seu povo estava cada vez mais corrompido pela maldade.
Medicies não conseguia mais encontrar a cura para algumas doenças, que se transformavam rápido demais.
Havia o boato de que Sepertis teria destruído uma cidade com uma arma poderosa que havia criado.
Ele descobrira que na energia contida em alguns metais, era possível fazer com que estas energias se multiplicassem, gerando um imenso poder.
Capaz de destruir uma cidade inteira, devastando tudo como um relâmpago.
Certa noite, uma tempestade cobriu as duas ilhas.
Ignis teve um sonho com Orion, e neste sonho Ignis viu seu sobrinho Têmprus com a mão direita esticada, e na palma de sua mão, a chama de Orion iluminando toda Atlântida. 
No mesmo sonho, ela viu um imenso fogo sair das terras de Antares, e viu Sepertis jogado ao chão, com sangue nos olhos.
Ignis havia compreendido o recado de Orion.
Sem falar com sua tia, Tênprus que já liderava o exército atlante.
Pediu permissão a Zanor para ir até o Egito.
Pois havia tido uma revelação de que Sepertis atacaria outra cidade e mataria muitos inocentes com sua arma maligna.


Expandindo as três doutrinas 🌅


 Mais uma vez Hamilcar manifesta-se.

-Têmprus conseguiu impedir este tirano, mestre Milesiano?

-Têmprus partiu com seu grande exército  Atalante, a fim de parar Sepertis, e vingar seu pai. 
Ignis procurou Medicis, e lhe falou que Antares corria grande perigo.
Disse-lhe que a cidade iria destruir-se em breve.
Medicis foi até o santuário e pegou a chama de Orion com uma lamparina de ouro que ele havia ganhado de um nobre rei da ilha mística de Shamballa.
Ele então levou a lamparina até a torre que estava escura, pois a chama de Orion se apagara pelas maldades e ignorâncias de seu povo.
Ele acendeu a torre com a chama da vida novamente, e disse ao povo que se eles não reencontrassem sua fé, a cidade seria destruída.
Que tinha acendido a torre com a chama de Orion para que todos se lembrassem do criador, e de sua luz da vida e da sabedoria.
O ato de Medicis foi em vão, pois ninguém dera importância para suas palavras, e continuaram suas vidas mesquinhas e medíocres.
Têmprus enfrentou Sepertis, e esta foi a primeira das centenas de batalhas que travaram. 
Até que um dia, em uma batalha sangrenta, Têmprus estava em desvantagem, e Sepertis o surpreendeu.
Têmprus ficou caído aos pés de seu tio, que cruelmente arrancou seu olho esquerdo, como um troféu. 
Ele não matou Têmprus, pois queria vê-lo  humilhado diante de toda Atlântida. 
Antes de voltar para sua cidade, Têmprus lavou seu rosto no rio Nilo, e orou a Orion, pedindo que ela lhe desse forças.
Naquele momento, Arthirus em espírito apareceu para ele, e disse-lhe que sua coragem e sua força libertaria o povo do Egito da tirania de Sepertis.
Que o mal jamais venceria o bem.
Arthirus pediu para que Têmprus lavasse seu rosto com as águas do Nilo.
Após ter feito isso, o olho de Têmprus que havia sido arrancado na batalha, estava renascido. 
Seu pai então despediu-se, fazendo o sinal das três doutrinas.
Têmprus sentiu uma força contagiar seu espírito.
Destemido e mais forte, voltou para Atlântida.
Reuniu um novo exército e partiu para batalha.
Depois de tanto sangue derramado, finalmente Têmprus venceu Sepertis.
O matou, e arrancando sua cabeça e sua tirania.
Dando um fim em toda sua maldade.
O jovem então, declarou-se rei, e com a ajuda de seu irmão Anurios, construiria um novo Egito.
Mais tarde os dois se juntariam a Zanor para combater o mal que havia corrompido Sepertis. 
Pois eles sabiam que este mal tentaria formar novos exércitos, para conquistar a esfera azul e escravizar vários povos inocentes.
Eles então entraram para a ordem de guerreiros iluminados, criada pelo grande mestre atlante, conhecida como a Ordem da Luz.
Em Atlântida, os três irmãos se preparavam para partir.
Seus ensinamentos estavam completos.
Iriam levar seus conhecimentos além de sua ilha.
Iriam tentar impedir que o mal corrompesse todos os homens com seu poder das trevas. Creta partiu para uma ilha que ficava próxima a Atlântida.
Ela levaria suas ciências da política e suas artes junto a história mística de Atlântida. 
Ao chegar, Creta conquistou a todos naquela terra.
Que foi renomeada com seu nome de princesa.
Eles também construíram um grande templo para Minotron.
O grande herói das arenas de Atlântida, admirado por ela.
Com sua maestria nas ciências da política e das artes, a ilha de Creta tornou-se rapidamente a mais próspera de todo o Egeu.
Dana iria levar sua magia para todos os cantos da esfera azul.
A natureza era sábia e a ajudaria em sua mística missão.
Dana não iria ter casas.
As florestas seriam seu lar e seu santuário.
Usando sua pura magia, Dana chegou a uma terra na qual chamou de Goldland.
E ali naquela terra mágica e iluminada, nasceram os primeiros filhos da Deusa mãe.
Os nobres e valentes celtas.
Haron ficara encarregado de reerguer o Egito ao lado de seus dois primos, Têmprus e Anurios. 
Sua missão seria deixar nas terras do Egito seus ensinamentos matemáticos. 
Nas ciências de projetar e construir, para que suas construções fossem condutores de energia. 
O Egito abrange uma força misteriosa, e Haron deveria explorar suas terras, pois estas energias seriam essenciais para ajudar a manter o equilíbrio da esfera azul. 
A primeira obra que Haron realizou no Egito, antes mesmos das mágicas pirâmides e dos templos, foi uma homenagem a sua Deusa atlante.
Ele construiu uma estátua de Orion.
Um retrato verdadeiro de sua coragem e virtude.
Orion está debruçada por sobre o deserto,  com sua cabeça de rainha e corpo de leoa. Olhando para o horizonte.

O príncipe sente um arrepio em todo seu corpo neste momento, alucinado diz ao mestre druida.

-A esfinge!!!! 
Orion é a esfinge!!!!!

-Haron construiu a esfinge, a direcionando no céu, bem abaixo das três estrelas que nasceram quando Orion partiu.
Em uma de suas patas, ele construiu uma câmara.
Dizem que esta câmara secreta é um portal mágico, que leva para outras câmaras escondidas, que estão espalhadas em Gizé.
E nestas câmaras, ele guardou toda a historia de seu povo.
Seus segredos, seus tesouros, suas magias, e suas doutrinas.
Aquele que desvendar a esfinge, encontrará este valioso tesouro.


-E o que aconteceu com Antares, mestre?


A maldição de Antares 🌅


-A missão tivera sucesso, príncipe Baltar.
O tratado estava consumado.
Os três irmãos estavam levando as três doutrinas para as outras terras, a fim de guiarem os homens ao conhecimento, a magia e a sabedoria.
Se todos se unissem e fizessem o bem, a esfera azul não sofreria mais desequilíbrio. Enquanto o legado dos três irmãos seguia, Antares preparava-se para o seu fim.
Ignis recebera uma outra revelação, e disse a Medicis que a hora de Antares chegara. 
Ela então pediu para o irmão deixar a ilha condenada e voltar a Atlântida.
Pois agora existia paz e equilíbrio.
Medicis despediu-se de sua irmã, e disse-lhe que só iria deixar Antares quando todos encontrassem a chama de Orion que havia se apagado em seus corações.
Ignis despediu-se de seu irmão com lágrimas nos olhos e uma dor em seu peito.
Medicis subiu até a torre e lá ficou, esperando seu destino.
A noite chegou, e uma névoa escura cobriu Antares.
Seus vulcões despertaram, emergindo um fogo violento.
Este fogo espalhou-se rapidamente, devastando toda a ilha.
A terra então tremeu, e Antares em chamas, desprendeu-se de Atlântida, e seguiu pelos mares.
Dizem que do capitólio de Atlântida, era possível ver o mar carregando a ilha de Antares. 
Depois disto desapareceu.
Alguns diziam, que além mar, muito distante, uma ilha coberta por uma nevoa sombria aparecia misteriosamente, então a chamaram de ilha fantasma.

-Então foi isto que aconteceu, mestre?
Antares fora amaldiçoada pela ignorância e corrupção de seu povo?

- O mal tem a face do homem, Baltar.
Pois é dele que nasce a maldade.
O povo de Antares se corrompera com suas maldades.
Assim como Sepertis, afastaram-se da luz.
Não evoluíram como deveriam evoluir.
Afastaram-se de suas doutrinas, esquecendo seu grande significado.
Ganhamos a vida como um presente.
Uma dádiva divina.
A nós é dado o direito de viver como quisermos, pois o propósito da vida é a libertação, desde que a realize com atos nobres e sábios.
Dando significado a sua existência.
Mas ao contrário disso, a maioria de nós fazem da vida uma prisão.
A roda da vida é a roda de sansara.
Que muitos a rodarão para sempre, por não entenderem o significado da existência.

Moloch dirige-se a mestre druida, dizendo-lhe:

- Mestre Milesiano, se um de nós for capaz de acender a torre com a chama de Orion, então seremos salvos? E os homens desacordados se libertarão também?

Anut, como sempre sorrateiro, interrompe Milesiano que iria responder a Moloch.

-Não será tão simples assim, fenício.
Quando chegarmos a ilha fantasma, o tempo começará a correr.
E quando o sino completar suas nove badaladas, estaremos condenados.
Toda vez que este maldito sino soar, as almas tentarão levar os desacordados. Aprisionarão suas almas na ilha, e possuirão seus corpos, transformando-os em demônios malignos.
Para buscarmos a chama de Orion, teremos que adentrar na ilha, onde estas criaturas demoníacas habitam. 
Temos que achar o guia, pois só ele tem as chaves que abrem o santuário. 
Para entrar no santuário, temos que passar pelo saguão das almas escuras, que tentarão  de tudo para impedir que entremos no santuário que fica dentro deste saguão.
Se um de nós conseguir passar, conseguirá abrir a porta, e encontrará a chama de Orion que está nas mãos de ouro.
Depois de conseguir o fogo sagrado, é preciso leva-lo até a torre.
E lá, aquele que entrar, terá de enfrentar um desafio, que testará sua fidelidade ao carregar a chama da vida. 
Dizem que este desafio se apresenta de maneiras diferentes. 
Desafiando o íntimo de cada um que tentar acender a torre.
Se conseguirmos fazer isto antes das nove badaladas, então a maldição da ilha será quebrada, e seremos salvos, voltando ao nosso curso.
Mas tenho que lhe dizer fenício.
Que todas as tentativas foram em vão.
Esta maldição é muito poderosa.
Portanto posso lhe dizer que já estamos condenados.

Baltar, estranha Anut saber tanto sobre a ilha fantasma.
Pergunta então sobre o guia que o egípcio falara.



O guia da luz 🌅



-Quem é este guia, mestre druida? 
Porque as chaves do santuário estão com ele?

-O guia é o mensageiro da morte.
Aquele que leva as almas até a luz para guiá-las na passagem.
Dizem que Anurios ao deixar esta esfera fisicamente se tornou o grande guia das almas.
Sua essência evoluída recebera muitos ensinamentos sobre a transição da vida a morte. 
Ele tornou-se um guia espiritual poderoso.
A ele foi dada a missão de resgatar as almas perdidas na escuridão.
Anurios com sua sabedoria e justiça, tenta salvar as almas que vagam, acreditando ainda pertencerem a este mundo.
Aquele que encontrar Anurios, terá que provar sua nobreza para poder receber as chaves do santuário. 
Para aqueles que merecerem, receberão as chaves de Anurios cordialmente. 
Aqueles que devem por seus carmas, será cobrado uma barganha ao receber as chaves.
Após ter convencido Anurios ao merecê-la.

Anut com seus olhos escuros e arregalados e uma voz tétrica, diz:

-Anurios não é tão bom como dizes, druida.
Pois sabes como ele conduz meus faraós a passagem?
Depois de morrerem, Anurios aparece com sua balança.
A alma ainda está presa ao corpo.
Então Anurios com sua adaga de ouro arranca o coração, pesando-o na balança da justiça junto com a pena da verdade da Deusa Maat.
Se o coração não pesar, Anurios leva a alma até a luz.
Se o coração pesar uma única grama, ele a deixa na escuridão para ser devorada por Amemet, o devorador de almas.
Anurios é o chacal.
Aquele que não permite nenhuma alma seguir a luz sem ser merecedora.

Milesiano conclui as palavras de Anut.

-Anurios assim como seu pai, Arthirus, é o justo dos justos.
Todos aqueles que são bons, serão guiados por ele até a luz.
Aqueles que não são merecedores, por seus atos maus, também serão guiados, porém mais árduo será o caminho para a luz.
Anurios é o juiz.
O sábio guia que com sua sabedoria, guia as almas para seu renascimento.


The Orion Flame







Alexsandro Ribeiro 🔮













Nenhum comentário:

Postar um comentário