quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Guerreiros Universais 🌅♌♐♏





O mago celta, Milesiano faz surgir os nove portais novamente.
E após recitar o mantra mágico, o quarto portal se abre.
Ao entrarem no mundo dos quatro regentes, Baltar, o príncipe fenício, tem uma visão surpreendente.
Há varias pirâmides douradas, uma do lado da outra.
Os templos são gigantescos, e em cada templo há uma estátua de pedra na entrada.
A terra é avermelhada, com pisos de ouro e prata no chão.
No céu, há uma imensa esfera.
De um lado da esfera existe um meio sol, e na outra metade uma meia lua.
Do lado solar, as pirâmides douradas estão todas iluminadas.
E do lado lunar há várias estrelas no céu, formando os doze símbolos zodiacais.
Mais há frente, passando as pirâmides, Baltar avista um imenso mar.
E na linha do horizonte ele vê os quatro elementos em forma de espirais.
Um espiral de fogo, um espiral de terra, um espiral de ar, e um espiral de água.
São gigantescos, e parecem estarem dançando no céu.

-Como pode, mestre?
De um lado ser dia, e do outro ser noite.

-O mundo dos quatro regentes, além de representar os quatro elementos, também representa as energias supremas.
A energia que dá origem a todos os seres do universo.
O positivo e o negativo.
O yin e yang universal.
Este mundo é o mundo dos guerreiros universais, Baltar.

Neste momento, algo estranho acontece com a túnica do príncipe.

-Veja, mestre Milesiano, minha túnica está ficando dourada.

-Então tu és um guerreiro de ouro.

-Guerreiro de ouro? 
Como assim, mestre druida?

-Os guerreiros que nasceram de dia no mundo azul usam armaduras douradas.
E os guerreiros que nasceram a noite usam armaduras prateadas.
Este mundo é o mundo dos quatro elementos.
Os elementos que regem a esfera azul.
O fogo, a terra, o ar, e a água.
Cada um de nós faz parte de um destes elementos.
Quando o grande criador gerou as essências em seu fogo sagrado, ele as fundiu com os quatro elementos.
Deixando em cada essência um elemento regente.
Os quatro elementos são representados pelos doze zodíacos. 
Quando nós nascemos no mundo azul, a lua e o sol registram nosso nascimento através destas nossas estigmas.
Onde o alinhamento das esferas, em nosso sistema solar, revelam nosso zodíaco. 
Como se estivesse nos apresentando ao universo.
Esta estigma nos acompanhará por toda nossa existência.
Ninguém existe por acaso, nada acontece por acaso.
Cada elemento é representado por três estigmas:
O elemento fogo é representado pelas estigmas de Áries, leão e sagitário.
O elemento terra é representado pelas estigmas de touro, virgem e capricórnio.
O elemento ar é representado pelas estigmas de gêmeos, libra e aquário.
E por fim o elemento água, que é representado pelas estigmas de câncer, escorpião e peixes.
Cada um de nós representa uma estigma.
E é neste mundo que aprendemos a desenvolver as magias que regem nosso elemento, para só assim nos tornarmos guerreiros universais.

-Mas como saberei qual é minha estigma?
E qual o elemento que me rege?

-Pelo dia em que nasceste.
Diga-me Baltar, quantas luas tu tens?

-Vou completar dezenove anos, mestre.

-Deixe me ver, então tu já tens 228 luas.
Tu nasceste de dia ou a noite?

-Foi de dia, mestre.
Minha mãe dizia que eu nasci em um dia mágico.
E que no momento que eu estava nascendo, o sol nasceu junto iluminando toda a cidade de Sidon.

-Então tu pertences a quinta casa.
Teu elemento é o fogo, e o teu símbolo zodiacal é o leão.
Viu, por isso tua túnica ficou dourada.
Tu és um guerreiro de ouro da ordem de leão, regido pelo sol.
Veja Baltar, tua roupa está mudando novamente.

A túnica de Baltar começa a se transformar em uma armadura dourada com um leão gravado no peito e um sol gravado nas costas.
A armadura é tão resistente quanto aço, porém tão maleável quanto uma seda.
Neste momento, a roupa de Milesiano também começa a mudar.
Sua armadura é prateada e reluzente, com o símbolo de sagitário gravado no peito e a esfera de Júpiter desenhada nas costas.

-Olhe, mestre!!
Minha armadura é dourada.
E este leão desenhado no meu peito?
Esta só poderia ser a minha estigma.
Um leão corajoso e forte.
Nas minhas costas também tem alguma coisa desenhada.
O que é, mestre Milesiano?

-É um sol.
Cada estigma representa uma esfera do nosso sistema solar.

-E este símbolo na tua armadura, mestre, o que representa?

-Minha estigma é o sagitário.
O grande guerreiro centauro.
Sou um guerreiro de prata.
Meu elemento também é o fogo, e minha esfera regente é Júpiter.
O senhor das batalhas.
Estas estigmas estão conosco desde que fomos gerados na chama de Orion.
Nossa personalidade, nossa intuição, nossa vitalidade, estão ligadas em nosso elemento regente e caracterizadas em nossa estigma.
Os quatro elementos foram fundamentais para a criação das esferas e de todos os seres que existem neste universo.
Portanto, cada um de nós carrega consigo a essência dos quatro elementos.
Onde um deles nos rege por completo.

-E só existem estes quatro elementos, mestre?

-Há um quinto elemento.
Mas este está além da nossa compreensão.
O quinto elemento foi gerado pelo grande criador.
Foi o elemento que deu origem a nossa essência, a nossa alma, a nossa existência.

-Então a chama de Orion é o quinto elemento?

-Quando Orion desvendou o segredo dos quatro elementos, quando estava na sétima dimensão, no mundo da magia, ela conseguiu o que poucos mestres conseguiram.
Ela descobriu o quinto elemento, o fogo sagrado que foi gerado pelo grande criador para dar vida a todos os seres do universo.
Ela então desvendou seus mistérios e atravessou o oitavo portal para continuar sua evolução.

Neste momento surgi um barulho perto de onde eles estão.


A bela de escorpião ♏


-Que barulho é este, mestre?
Parece que a terra está tremendo.
Olhe mestre!!! Ali adiante.
deve ter uns mil guerreiros ali.

-Eles estão marchando.
Devem estar indo para alguma batalha.

-Batalha? Mas quem eles vão enfrentar, mestre Milesiano?

-Neste mundo, Baltar, é onde nos tornarmos guerreiros universais.
Onde nós despertamos os poderes de nossa estigma.
Aqui não existe o bem nem o mal, e sim os mais e os menos poderosos
Eles são livres para fazerem suas escolhas.
Os guerreiros universais são muito poderosos.
Muitos estão aqui para completar sua evolução.
Outros ficam aqui para adquirir mais poder até se tornarem um guerreiro supremo.
Para poderem governar sua esfera regente.
Se tu ficares aqui e vencer todas as batalhas adquirindo bastante energia, tu te tornarás um guerreiro supremo, e poderá governar o sol.
Veja, cada guerreiro demonstra seu poder e sua força em sua armadura.
Isto porque quanto mais batalhas eles vencem, mais poderes adquiram.
Veja aqueles guerreiros.
Eles representam o elemento água.
São guerreiros de peixes.

-Mas há outros guerreiros ali, mestre.

-Neste mundo os guerreiros também escolhem o lado que querem lutar.
Alguns lutam em grupos.
Outros lutam sozinhos.
Muitos se prendem no próprio poder.
Para se tornar um guerreiro universal é preciso adquirir muita energia.
Mas para lhe dar com tal poder é preciso acima de tudo, adquirir equilíbrio.

-Mas mestre, como eles lutarão?
Não estão levando espadas nem escudos.

-Suas armas e seus escudos são as energias de suas estigmas.
Eles realizam batalhas incríveis usando suas energias cósmicas.
Assim como nós, muitos guerreiros estão com seu corpo físico na primeira dimensão, no mundo azul. 
Enquanto estão dormindo, suas essências estão se tornado guerreiros universais, ou seguindo a evolução em outras dimensões.

-Então não precisamos morrer no mundo azul para virmos para cá ou para as dimensões superiores?

-Se conseguires romper as limitações do mundo azul, então conseguirá ir para qualquer dimensão que quiser.
Como disse antes: muitos estão evoluindo, mas a maioria não sabe em que etapa da evolução está.
Olhe as minhas costas.
Vê alguma coisa diferente?

-Sim mestre, estou vendo.
Uma linha azul de luz luminosa, descendo por toda sua coluna.

-Pois esta linha de luz azul é o que diferencia os que ainda estão no mundo azul dos que não estão.
Veja, Baltar, alguns guerreiros não tem a luz luminosa nas costas.
Tu estas vendo aquelas pirâmides azuis mais ali adiante?
Pois é através daquelas pirâmides que os guerreiros universais que ainda vivem no mundo azul, voltam para primeira dimensão.
As pirâmides azuis são portais, que tele-transportam as essências de volta para seu mundo.
Depois de aprimorarem suas energias aqui, eles passam para o próximo mundo para seguir sua evolução.
Porém, muitos ficam aqui, pois acham que esta dimensão é a mais poderosa de todas.
O mundo dos quatro regentes é realmente muito poderoso.
Venha, vamos nos juntar a eles, Baltar.

-Mas podemos, mestre?

-Sim, estamos com nossas armaduras.
Tu estas vendo lá adiante aquela estigma que está brilhando no céu?

-Estou vendo, mestre.
As estrelas estão formando o desenho de um touro.

-São os guerreiros de touro, regidos pelo elemento terra.
A batalha dos guerreiros de peixes deve ser contra eles.
Venha Baltar, vamos assistir esta batalha.

Milesiano e Baltar se misturam ao exército dos guerreiros.
A maioria dos guerreiros são da estigma de peixes, mas há outros guerreiros pertencentes a outras estigmas e regidos por outros elementos.
Um dos guerreiros aproxima-se dois, dizendo:

-É uma honra ter dois guerreiros regidos pelo fogo em nosso exército.
Meu nome é Nêmeros, guerreiro da ordem de peixes.
Nós não nos conhecemos guerreiro de sagitário?
Teu olhar não me é estranho.
Nós já não nos vimos antes?

-Já estive aqui algumas vezes.

-Mas tua armadura é tão simples.
Ainda não dominasse o poder de tua estigma?

-Eu estou só de passagem.
So vim mostrar o mundo dos quatro regentes para o jovem de leão.
Mas diga-me guerreiro de peixes, qual o motivo da batalha?

-O guerreiro de touro, Megannor.
Depois que ele se tornou um guerreiro supremo não se contentou em governar apenas sua esfera regente.
Ele quer provar que é o melhor de todos os guerreiros universais.
São poucos os guerreiros que depois de adquirir o poder supremo, governam sua esfera com sabedoria, e depois de um período continuam sua evolução em outra dimensão.
A  maioria dos guerreiros estão se corrompendo pelo poder.
E ao invés de completarem sua evolução, se aprisionam aqui, escravizando guerreiros mais fracos.
A sombra do mal está cada vez mais presente no mundo dos quatro regentes.

O príncipe fenício então faz uma pergunta para Nêmeros.

-E os guerreiros de peixes, conseguirão derrota-lo?

-Megannor é muito poderoso.
Ele consegue concentrar suas energias cósmicas de maneira impressionante.
Ele vence todos os desafios na arena de vidro.
E seu exército invencível vence todas as batalhas.
Em cada batalha que ele vence, escolhe alguns guerreiros para serem seus escravos em sua esfera regente, em Vênus.
A única maneira de derrotar Megannor é vencendo seu exército, ou então desafia-lo na arena de vidro e derrota-lo.
Mas todos que tentaram não conseguiram.
Megannor sempre vence.
Os guerreiros temem em desafiá-lo.
Se perdermos esta batalha, muitos de nós serão escravizados.

-Mestre Milesiano, alguns guerreiros ainda estão no mundo azul.
Se Megannor vencer a batalha ele poderá escravizá-los?

-Não só irá escravizá-los como irá romper seus cordões de prata, Baltar.
Morrerão no mundo azul, e ficarão presos aqui, até Megannor ser derrotado por outro guerreiro supremo.
Pois somente um guerreiro supremo tem poder suficiente para derrotar outro guerreiro supremo.
Por isso Baltar, vamos sair daqui.
Esta batalha não é nossa.
Estamos na era de Áries, a era do Deus da guerra.
Se ficarmos presos aqui, os desacordados na trirreme e nossos amigos que estão dentro da ilha fantasma, estarão perdidos.
Temos nossa missão para cumprir. 
Precisamos acender a torre com a chama de Orion.

-Mas mestre, estes guerreiros que ainda estão no mundo azul vão morrer.
Irão se sacrificar pelos outros, pela justiça dos justos.

-Cada um é livre para fazer a escolha que quizer, Baltar.
São nobres guerreiros, mas também são loucos por quererem enfrentar um guerreiro supremo.

Baltar sente seu coração angustiado, ao ver os guerreiros marchando para batalha. 
Ele então avista uma linda guerreira, que parece estar determinada a lutar.
Sua armadura é prateada e reluzente.
Seu corpo é formoso, perfeitamente desenhado.
Seu rosto é suave e belo.
Ela tem um sinal no lado esquerdo do rosto, perto do olho.
Uma mancha que parece formar uma estrela.
Seus lábios são grossos e avermelhados, suavemente desenhados.
Seu cabelo é castanho e encaracolado nas pontas, banhado por um pó brilhante.
Em sua cabeça, há uma pequena coroa de prata com o símbolo de sua estigma.
Ela é linda como uma princesa encantada.
O coração de Baltar dispara.
Ele não consegue tirar os olhos dela.
Um sentimento jamais sentido antes lhe invade a alma.
Um sentimento único e sublime.
Ele então pergunta a seu mestre:

-Mestre Milesiano?

-Diga Baltar.

-Hã.....
As outras dimensões são parecidas com o mundo azul?

-Especifique melhor tua pergunta, jovem príncipe.

-Nós podemos fazer as mesmas coisas que fazemos lá? 
Podemos sentir os mesmos sentimentos? 
Ter as mesmas sensações?

Milesiano percebe as intenções do príncipe que está hipnotizado pela linda guerreira.

-Ela é realmente muito bela.

-Ela quem mestre? Onde?

-Não te faças de tolo, Baltar.
Esqueceu que posso enxergar tua alma?
Tua áurea elevou-se além destas estrelas.
Vou responder o que queres saber:
Nossas energias são transmutadas em todas as dimensões.
A alquimia também acompanha nossa evolução, e a cada dimensão, estas energias se tornam mais nobres.
Onde as sensações ficam cada vez melhores.
O êxtase é mil vezes multiplicado em cada dimensão.
Acredite, o prazer carnal é apenas uma gota da água, perto do oceano de sensações que se sente ao realizar a alquimia nas dimensões superiores.

-Achas que ela falaria comigo, mestre Milesiano?

-Tu já viste a estigma que ela carrega no peito?

-Sim mestre, é um escorpião.
Diga-me Nêmeros, como se chama a guerreira escorpiana?

-Átima é uma das guerreiras mais valentes do mundo dos quatro regentes
Ela sempre fica do lado dos mais fracos.
Todos acham que ela é louca por se arriscar tanto.
Átima ainda está no mundo azul e ainda não despertou nem a metade do poder da sua estigma.
Os mentores guerreiros dizem que ela é teimosa demais.
Nós tentamos convence-la a não participar desta batalha, mas não adiantou.
Ela é muito decidida, e quando quer uma coisa, ninguém tira isso dela.
Só que desta vez ela está se arriscando demais.
Megannor é impiedoso e cruel.
Ele não vai respeitar as leis universais.

-Que leis são estas,  mestre Milesiano?

-São as principais leis para se tornar um guerreiro universal.
Os guerreiros se enfrentam independente de sua força e poder.
Inevitavelmente, os fortes sempre vencem os mais fracos.
Mas quando se tornam guerreiros supremos, só podem desafiar e aceitar o desafio de um outro guerreiro supremo.
Os mais ambiciosos não respeitam estas leis e desafiam os mais fracos para exibir seu poder.

-Vou até ela, mestre.
Vou tentar convencê-la a desistir desta batalha.

-Controle tua vaidade, Baltar.
Não demonstre tanto interesse assim.
Olhe o brilho que estas nos olhos.
Já estas perdido jovem.
Procure ficar com os pés no chão
Olhe para ti.
Estás completamente desarmado, de peito aberto.
Realmente não negas tua estigma.

Nêmeros comenta com Milesiano, enquanto Baltar se aproxima ansiosamente de Átima.

-O jovem de leão é realmente corajoso.
 Átima provoca isto nos guerreiros.
Desperta seus instintos.
Sua beleza enfeitiça os homens.
Muitos guerreiros se jogam aos seus pés, mas ela sempre os esnoba.
Será que o leão conseguirá dominar a bela de escorpião?

-Ela é jovem, assim como ele, e sinto uma força muito grande nela.
Não sei dizer o que é, mas talvez o destino tenha marcado este encontro.
O amor é realmente a maior força do universo.

Átima caminha firme, olhando para frente.
Baltar sente seu coração disparando cada vez mais forte, e com a voz engasgada, dirige a palavra para a linda guerreira.

-Com licença, meu nome é Baltar, sou um guerreiro da ordem de le...

-O que tu estas fazendo aqui?

Pergunta Átima com o ar raivoso.

-Hora o que achas? 
Estou indo para batalha, enfrentar Megannor.

-E achas que conseguirá enfrentá-lo com esta armadura?
Diga-me, guerreiro de leão, vós já estivestes aqui antes? Sabes que lugar é este?

-Sim, estou com meu mestre, ele está me mostrando as dimensões.
Minha armadura é simples porque ainda não despertei o poder de minha estigma. Talvez nesta batalha eu consiga desperta-lo.

-Mas tu nem recebestes os ensinamentos nos templos regentes para aprender a controlar tuas energias cósmicas.
O guerreiro de sagitário é teu mestre?

-Sim, é um bravo guerreiro.

-Não é o que diz sua armadura.
Estas vendo estes braceletes de ouro no meu braço esquerdo?

-Sim, estou vendo.

-Pois eu os ganhei após ter derrotado uma guerreira de gêmeos.

Baltar cada vez mais maravilhado com a linda guerreira tenta estender a conversa.

-Esta é tua esfera regente? 
Ela é tão pequena.
Como se chama?

-É a esfera de plutão, a mais distante do sol.
Muitos dizem que ela não faz parte deste ciclo solar, mas então o que ela está fazendo lá?

-Se ela está distante do sol, então deve ser bem fria e escura.

-O que quis dizer, guerreiro? 
Que tu és mais quente e mais iluminado do que eu?

-Desculpe-me, não foi isto que eu quis dizer.
Não estava comparando a nós dois, e sim nossas esferas regentes.

-Pois saiba guerreiro de leão, que tanto o sol quanto plutão, ambos tem o mesmo valor neste universo.
Agora saia!!! 
Tu ainda não estas preparado para esta batalha.
Depois que despertares o poder de tua estigma, quem sabe nós podemos nos enfrentar.

-Tens razão, Átima, ainda não estou preparado para esta batalha, assim como tu também não estas.
Nêmeros me disse que tu ainda está no mundo azul, e que estas te arriscando demais ao enfrentar Megannor.
Porque irá enfrentá-lo? 
Esta batalha não é sua, e sim dos guerreiros de peixes.

-Esta batalha é dos justos.

-Venha, Átima, segure minha mão.
Vamos deixar esta batalha para traz.
Se alguma coisa der errado tu poderás morrer no mundo azul.

-Se este for meu destino, então honrarei minha morte.

Baltar fica parado, enquanto Átima segue determinada.
Nêmeros brinca com o jovem príncipe ao passar por ele.

-Devias ter seguido os conselhos de teu mestre, guerreiro de leão.
Mas não te preocupes, tu não fostes o único a ser desprezado por ela.
Acho que tuas estigmas não combinaram.

-Ela não quis nem me ouvir mestre Milesiano.
Nem se quer perguntou meu nome.
Ela é mesmo muito teimosa.

-Difícil tentar entender as mulheres, Baltar.
Mas ela ouviu-te.
E podes ter certeza que ela já sabe o teu nome.
Geralmente quando elas fingem não se interessar, é porque já estão interessadas.

-Vou confessar-te, mestre, nunca senti isto que estou sentindo agora.
Ao olhar dentro dos olhos dela, eu pude perceber o quão grandioso é o criador.
Não sei explicar, é como se ela fizesse parte de mim.
Seus olhos parecem duas estrelas iluminadas, e sua boca perfeitamente desenhada, parece um morango. 
Seu beijo deve ser bem doce e macio.
Ela é linda demais.
Ela tem uma pequena mancha perto do olho esquerdo, parece uma estrela.
Por Astertéia, como ela é linda.
Acho que estou apaixonado, mestre
Eu estou apaixonado por esta linda guerreira escorpiana.
Mas porque ela não quis me ouvir?
O que possamos fazer mestre, para que ela desista desta batalha?

-Átima está sendo guiada por seu instinto.
Ela é uma verdadeira guerreira universal.


Os quatro supremos 👑👑👑👑



-Mas não entendo, mestre.
Porque eles querem enfrentar estas batalhas assim?
Se com paciência e equilíbrio, todos se tornarão guerreiros supremos.
Tudo isto é para poder governar suas esferas regentes?

-Muitos querem ser lembrados, Baltar, por suas glórias , suas virtudes, e até mesmo por suas tiranias.
Mas o lugar precioso pertence aos grandes mestres.
O que Átima almeja está a tua frente.
Veja Baltar!!! 
Olhe com teus próprios olhos.
Veja porque os guerreiros querem ser lembrados.

Bartar vira-se e tem uma visão única e esplendorosa.
Ele vê quatro estátuas gigantescas de ouro.
São quatro guerreiros supremos.
Baltar, Milesiano e os demais guerreiros parecem pequenas formigas perto dos gigantes dourados.

-Quem são estes, mestre?

-São os guerreiros supremos mais virtuosos que já passaram pelo mundo dos quatro regentes. 
Cada um deles realizou um grande feito neste mundo, e foram homenageados desta maneira mágica.

-Quem é este, mestre, com o cetro na mão?

-Este é Atom, o grande guerreiro de prata da ordem de leão, regido pelo sol.
Foi um grande guerreiro.
O mais forte e sábio governante solar.

-E aquele outro, quem é?
 Ele tem a mesma estigma que a sua.
Um sagitário.
Ele demonstra ter muito poder.

Nêmeros responde a Baltar.

-Este é Solarius.
O grande guerreiro de prata da ordem de sagitário, regido por Júpiter.
Ele venceu uma das batalhas mais incríveis no mundo dos quatro regentes.
Ele enfrentou um guerreiro tão poderoso quanto Megannor.
Tu estas vendo a guerreira que está ao seu lado?

-Sim, ela é linda.
Quem é ela? 
Qual sua estigma?

-Ela é a guerreira de prata da ordem de câncer, regida pela lua.
Além de ser uma das mais sábias, é uma das mais belas guerreiras universais.
Ela governou a lua como nenhuma outra jamais governou.
Seu nome é Astartéia.

-Então esta é Astartéia?
Que linda!!!!!
Ela é realmente a Deusa da lua.
E aquela outra guerreira, quem é?
Ela está olhando como se estivesse olhando para o horizonte.
Como se estivesse enxergando algo grandioso.
Como ela se chama Nêmeros?

-Esta foi a primeira guerreira suprema há surgir no mundo dos quatro regentes.
Ela é a mais nobre de todos os guerreiros universais.
Esta é a guerreira de ouro da ordem de libra, regida por Vênus.
Ela chama-se Orion.

-Esta é a grande Deusa atlante, Orion?
Ela demonstra muita força e coragem, e também muita sabedoria.
São todos bravos guerreiros.
Agora entendo porque os guerreiros universais querem ser lembrados.

Nêmeros conclui as palavras de Baltar.

-Somente os nobres guerreiros tem esta honra.
Os ambiciosos serão lembrados por suas tiranias, mas nunca serão reverenciados como estes guerreiros supremos.

Neste momento um guerreiro de peixes aproxima-se.

-Nêmeros?
Megannor está se preparando para atacar.
A batalha já vai começar.
Alguns guerreiros de aquário irão se juntar a nós.
Eles chegarão em breve.
Venha, Nêmeros, vamos enfrentar este tirano.
Que os quatro supremos nos tornem merecedores.

-Preciso ir guerreiros do fogo.
Foi uma honra conhece-los.
Talvez um dia guerrearemos juntos.
Vocês ainda não estão preparados.
Tu és muito corajoso, guerreiro de leão.
Posso sentir o brio em teus olhos.
Que os quatro supremos estejam com vocês.

-Nêmeros, espere.
Não vá!!!
 Mestre Milesiano, não podemos fazer nada para impedir isto?

-Agora é tarde Baltar, já trançaram seus destinos.
Venha, vamos voar até aquela montanha.

-Nós podemos voar aqui também, mestre druida?

-Claro, é só te concentrares.
Faça como eu.

Milesiano dá um passo para traz, e logo se impulsiona para o vôo.
Baltar faz o mesmo, e quando se dá por si já está voando.
Os dois então chegam ao topo da montanha.
Lá de cima, eles vêem o grande exército de Megannor, cercando os míseros guerreiros de peixes.

-Mestre, o exército de Megannor é três vezes maior que o exército dos guerreiros de peixes. 
Eles nunca conseguirão vencer esta batalha.
Isto não é justo.
E Átima, onde será que ela está?
Temos que fazer alguma coisa mestre Milesiano.

-Não sabia que Megannor era tão poderoso assim.
Os guerreiros de touro formaram um grande exército.
Olhe Baltar.
Ali no céu.
São os guerreiros de aquário.
Mas são muito poucos.
A última vez que vi tamanha desvantagem assim, foi em uma batalha travada há muito tempo atrás, no deserto negro.

-O que podemos fazer, mestre?

-Talvez exista uma chance.
Vamos voar até o capitólio.
Vamos até o templo de libra.
Lá estão os grandes juizes deste mundo.
Venha Baltar.
Devemos nos apressar antes que seja tarde demais.

Os dois voam em direção ao capitólio.
Ao chegarem, o príncipe vê o grande templo de libra.
Na entrada do templo há vários guerreiros lanceiros, protegendo o portal.

Um dos guardas então diz:

-O que desejas, guerreiro de sagitário?

-Vim falar com o conselho da ordem.

-O conselho está reunido.
Não poderá atendê-lo agora.
Mas diga-me o que desejas, que eu levarei seu recado.

-Diga para o juiz Tráctus, que o grande guerreiro prateado de Júpiter segura o sol novamente.

-É este o teu recado?

-Vá logo soldado, não faças mais perguntas.

-O que disseste a ele, mestre? 
Também não entendi.

-Não é para entender, Baltar.

O soldado volta ás pressas e diz a Milesiano:

-Podes entrar, guerreiro de sagitário.
O juiz Tráctus lhe aguarda.
Mas o guerreiro de leão terá de esperar aqui fora.

-Não saia daqui, Baltar.
Em breve voltarei com uma resposta.

Milesiano entra no templo de libra.
O templo é imenso.
Nas paredes há vários desenhos contando a historia do mundo dos quatro regentes. 
No teto tem vários símbolos representando as estigmas.
Enquanto Milesiano adentra no templo, a batalha entre os guerreiros de peixes e os guerreiros de touro incendeia.
Os pesianos estão todos dominados.
Os guerreiros lutam no ar e sobre a terra.
Megannor assiste seu exército vencer a batalha facilmente.
A única esperança que resta, está nas mãos de Milesiano.
Que ao chegar no saguão principal do templo de libra, ouve uma velha voz conhecida.

-Pensei que jamais fosse ver-te novamente, sábio guerreiro.

-Nobre amigo, Tráctus, quanto tempo.

-Porque te apresentas com esta humilde armadura?
Um guerreiro supremo como vós deve mostrar toda sua glória.

-Estou só de passagem, nobre amigo.
Muitos acham que eu já atravessei o oitavo portal, ou que ainda estou lutando em Hiperbória. 
Mas minha missão no mundo azul ainda não terminou.
Sinto que está havendo um grande desequilíbrio novamente.
As três doutrinas estão sendo esquecidas.
Mas o que me trouxe aqui foi Megannor.
Ele é impiedoso e seu exército é três vezes maior que o exército dos outros guerreiros. Porque não usam as leis universais? 
Onde as batalhas devem ter o mesmo número de guerreiros dos dois lados.

-O mal está se aproximando cada vez mais deste mundo.
Megannor se tornou muito poderoso ao se tornar um guerreiro supremo.
E muitos guerreiros o admiram.
Leva muito tempo para um guerreiro se tornar um guerreiro supremo.
E quando isto acontece se desvirtuam de seu ensinamentos, corrompendo-se pela ambição do poder.
Megannor é cruel.
Além de escravizar os guerreiros em Vênus, ele consegue corromper suas virtudes. 
Eles não respeitam mais as leis universais.
De um lado, Megannor, com sua ambição, de outro, os guerreiros que almejam derrota-lo, para gravarem seus nomes nas linhas do tempo, e se tornarem gigantes de ouro. Assim como nossos quatro heróis supremos.

-É impossível que não possas fazer nada.
Os librianos sempre regeram as leis sabiamente.

-O mundo dos quatro regentes está mudado, grande mago.
Se Megannor ficar mais poderoso, poderá mudar as leis que ainda existem.
Para fazer com que a ordem volte, é preciso derrotá-lo.
Mas quem haveria de ter tal poder?
Se pelos menos tu pudesses.....

-Tu sabes que eu não posso quebrar as leis universais, Tráctus.
Pois já cumpri minha missão neste mundo.
Existem leis que não podem ser rompidas.

Neste momento um guerreiro da ordem de capricórnio chega a entrada do templo.
Ele está ofegante,  e desorientado, cai de joelhos.
Baltar então o segura.

-O que aconteceu, guerreiro?

-Megannor venceu a batalha.
Os guerreiros de peixes e os aliados foram massacrados.
Ele disse que irá escravizar todos.
Não poupará ninguém
Todos serão escravos em Vênus.

-Mas ele não pode fazer isto
Não pode levar todos.
Soldado, me deixe entrar, preciso falar com meu mestre.

-Não posso deixá-lo entrar guerreiro de leão.
Terás que esperar seu mestre aqui fora.

Baltar percebe que não tem mais tempo.
Ele precisa fazer alguma coisa.
Seu coração dispara e em seu pensamento surgi o rosto de Átima.
Ele então voa em direção ao local da batalha.
Do céu, ele vê os guerreiros de peixes serem aprisionados com correntes de energia. 
Ele então avista Nêmeros caído no chão.
Baltar voa em direção a ele.

-Nêmeros, fale comigo, o que houve?

O guerreiro de peixes abre os olhos lentamente.

-Nêmeros, o que houve? 
Onde está Átima?

-Nós perdemos a batalha, Baltar,
Megannor nos massacrou.
Ele nos levará para Vênus.
Seremos seus escravos por toda a eternidade.
Não pude proteger Átima.
Ela tentou confronta-lo, mas não resistiu ao poder do tirano.
Ela está pressa em uma das gaiolas ali adiante.
É onde ficam os mais feridos.
Ela está morrendo no mundo azul,  Baltar.
Quando a gaiola for colocada dentro da nave, e ela decolar, o corpo físico de Átima morrerá. 
Nossa batalha não foi abençoada pelos quatro supremos.
O mundo não é dos justos, e sim dos mais fortes.

O príncipe caminha com o coração apertado em direção as gaiolas de energia.
Dentro delas, há vários guerreiros feridos.
Ao lado das gaiolas há uma imensa nave prateada, parecida com a que Baltar viu no mundo da luz.
Mais adiante, ele vê os guerreiros de touro aprisionando os outros guerreiros.
Baltar então encontra Átima.

-Átima, por Astartéia, fale comigo.
O que aconteceu? 
Quem te colocou ai dentro?
O que fizeste minha bela?
Porque eu não insisti para que viesse comigo?
Porque não a impedi de travar esta batalha?
jamais me perdoarei se morreres.

As lágrimas de Baltar deslizam em seu rosto triste e inconformado.
Átima respira devagar, sussurrando seu nome.
Baltar nota que a luz luminosa em sua coluna está se apagando.
Ela está morrendo no mundo azul.
Baltar então aperta as grades da gaiola com força, e um brado desesperador emerge de sua garganta.

-Naaaõ!!!!!!!!!!!!!



Desafiando Megannor ♉



Baltar caminha firmemente, enquanto suas lágrimas são enxugadas pelo vento.
Ele está indo em direção a tenda de Megannor.
Ao chegar, fala com os guerreiros que estão fazendo a guarda.

-O que desejas, guerreiro de leão?
A batalha já terminou.
Chegou atrasado.

Os guerreiros de touro começam a rir.
Baltar então diz:

-Quero falar com Megannor.

-O grande Megannor não fala com míseros guerreiros.

-Pois diga a ele, que esta batalha foi injusta, e que se ele for honrado, que venha falar comigo.

-Com quem pensas que estas falando, guerreiro de leão?

Pregunta o guerreio lanceiro.

Um vento sopra fortemente na entrada da tenda, e o som das passadas vão aumentando junto á silhueta que vai surgindo.
Megannor então surgi com sua armadura prateada, e gravado nela todo seu poder e suas glórias conquistadas.
Ele é forte e grande.
Seu elmo tem a forma da cabeça de um touro.
E com sua voz de trovão, responde ao príncipe.

-O que entendes de honra, guerreiro?
 Sabes quem eu sou?
Como ousas a me chamar de injusto.
Sabes quantas batalhas eu conquistei para ser quem eu sou?
Poderia cortar tua cabeça, só por não estar de joelhos diante de mim.

-Respeito tuas glórias , mas não é justo que leve todos os guerreiros.
Eles estavam em menor número  e perderam facilmente.
Já venceu sua batalha.
Provou seu poder.
Alguns guerreiros ainda estão no mundo azul, e se leva-los para Vênus, irá interromper suas vidas na primeira dimensão.

-Eles fizeram sua escolha ao me desafiarem.
Agora pagarão o preço por isto.
Todos me pertencem !!!!!!

-Mas se deixares livre somente os que ainda vivem no mundo azul? 
São poucos.
Não irá fazer tanta diferença para vós.

-Pois estes foram os mais tolos por quererem me desafiar.
Agora é tarde demais para eles.
Estão todos condenados.
Serão meus escravos para sempre.
Volte para seu templo, guerreiro de leão.
Vá aprender usar teus poderes.

-Mas tu não podes simplesmente leva-los assim.

Megannor dá as costas para o príncipe e caminha em direção a tenda.
Baltar então grita.

-Eu o desafio!!!!!!!

Megannor para, e olha para traz, perguntando:

-O que disseste?

-Eu o desafio na arena de vidro!!!!!!

-Tu não estas preparado para me enfrentar.

-Estas com medo?

-Não me faças rir, guerreiro de leão.
Como achas que vais me enfrentar?
Se ainda nem despertasse o poder de tua estigma.

-Se eu vencer, os guerreiros de peixes e os outros guerreiros, serão libertados.
Se venceres, serei teu escravo para sempre.
É uma troca justa e honrada.

-Se tu sobreviveres a esta luta guerreiro, não servirás nem para lavar os meus pés. Guerreiros!!!!!
Chamem o conselho libriano.
Nós teremos uma batalha na arena de vidro.

Nêmeros aproxima-se de Baltar lamentando.

-Porque fizeste isto, Baltar?
Tu queres morrer para todo o sempre?
Não queres existir mais neste universo?
Megannor irá te pulverizar inteiro.
Não sabes o que fizeste, guerreiro de leão.

Enquanto isto, a notícia de um combate na arena de vidro se espalha rapidamente junto a um guerreiro de touro.
Que leva o recado ao conselho libriano.

-Mestre Tráctus, o conselho o aguarda.
Haverá um confronto na arena de vidro.

Milesiano, assustado, pergunta ao guarda lanceiro.

-Quem foi capaz de desafiar Megannor?

-Foi um guerreiro de leão.
Estao todos dizendo que ele é louco, pois ainda nem despertou sua estigma.

Milesiano sente-se mau ao perceber o que havia acontecido.
O druida então vai ao encontro de Baltar.
Ao chegar, ele vê o jovem príncipe se preparando para ir para arena.

-Baltar, não posso acreditar no que acabaste de fazer.
Como podes desafiar um guerreiro supremo?
Tu não estas preparado!!!!
Como achas que irá enfrentá-lo?

-Perdoe-me, mestre Milesiano, mas não podia deixar que os guerreiros fossem escravizados.

-Sei que este não é o único motivo para toda esta coragem.
É assim que queres provar o teu amor por ela?
Sacrificando a tua vida também?

-Achas que eu não posso vencê-lo, mestre?

-Só a vontade de vencer não basta, Baltar.
Tu ainda não conheces o teu poder.
Não sabes até onde poderá ir nesta luta.

-O que acontecerá quando eu entrar na arena vidro?

-A arena é só uma passagem.
Vocês serão tele-transportados para alguma parte do universo.
No cosmos.
Em algum lugar, no infinito espaço.
Lá vocês se enfrentarão em uma luta de vida ou morte.
Pois somente um sairá vivo.
Aquele que perder, terá a chance de renascer na chama de Orion.
Isto se for nobre e merecedor, se não, será levado pelo anjo negro.
Renascerá nas trevas, e servirá para sempre o senhor do mal.

-Não estou com medo, mestre Milesiano.
Sinto que fiz a escolha certa ao desafiar Megannor.
Quando vi Átima presa, senti uma dor muito forte em meu peito.
Não pude deixar que a levassem.
Eu amo muito ela.
Como nunca amei em toda minha vida.
Estou lutando por ela.
Estou dando minha vida por ela.
Sinto que sua missão no mundo azul é mais importante que a minha.

-Difícil entender os sentimentos que povoam nossa alma.
Para tudo existe uma razão para acontecer.
O encontro de vocês já estava marcado pelas linhas do universo.
Talvez seja um reencontro.

-Reencontro?

-Tua coragem é a coragem de um nobre guerreiro, Baltar.
Quando estiver na arena encontrará seu poder.
Use-o sabiamente.
Quando for projetado ao cosmos, teu guardião te aguardará, mas não para defendê-lo.

-Meu guardião?

-Teu mentor guardião.
Lembra-te quando estávamos no mundo dos sonhos, na terceira dimensão? 
Aquele cavaleiro com a roupa reluzente que o protegeu?

-Sim mestre, ele falou comigo e me chamou por um outro nome.

-Ele te protege desde que nasceste no mundo azul.
A única dimensão que ele não poderá proteger-te é esta.
Ele apenas acompanhará tua luta.
Cuidado, Baltar.
Megannor fará de tudo para romper tua armadura.
Se isto acontecer, estarás perdido.
Procure concentrar tuas energias.
Sinto uma força muito poderosa em ti.
Estarei contigo, Baltar.
Aconteça o que acontecer, eu estarei contigo.
Agora vamos.
Todos já estão esperando na arena de vidro.

-Mestre, se eu não voltar, quero que cuide de Átima.
Guie-a de volta para o mundo azul, com segurança.

-Não te preocupe com a linda guerreira escorpiana.
Ela já está sendo cuidada.
Está se recuperando nas pirâmides brancas.
O templo de cura no mundo dos quatro regentes.
Todos os guerreiros foram libertados, graças a tua coragem, Baltar.
O que fizeste foi muito nobre.



O despertar do leão azul ♌


Os dois caminham em direção ao capitólio.
Ao chegarem, Baltar vê a grande arena toda feita de cristal.
Em volta do grande círculo de vidro, está gravado o símbolo de cada estigma.
E em cima do portal de entrada há duas bandeiras.
Uma com a estigma de leão e outra com a estigma de touro.
Dentro da arena, Baltar vê todos os guerreiros sentados, esperando para assistirem a batalha. 
Em cada lado de dentro da arena, há uma concha de vidro onde estão sentados os juizes e os guerreiros mentores.
Milesiano dirige-se a uma das conchas, e senta-se ao lado de Tráctus.
Que está junto com os outros juizes librianos.
Baltar está em um dos lados da arena, e fica impressionado com as luzes que circulam através do vidro. 
Eis que então, surgi no outro extremo da arena, Megannor. 
Com toda sua arrogância.

-Te condenaste a morte ao me desafiar guerreiro de leão.
Não serei piedoso contigo.
Quando voltar para Vênus, mandarei meus escravos construírem uma estátua minha esmagando tua cabeça.
Pois é isto que eu farei em breve.

Baltar então diz:

-Que o mais merecedor vença, Megannor.

As luzes aumentam sua intensidade e começam a circular rapidamente por dentro do grande círculo de vidro.
Derrepente, uma luz dourada surgi no meio da arena.
É uma luz intensa e iluminada.
Os dois então são tele transportados para dentro desta luz.
No chão da arena de vidro começa a surgir a imagem do lugar que eles foram projetados.
Algum lugar do cosmos, no infinito espaço.

Milesiano então pergunta ao juiz libriano:

-Para onde eles foram, Tráctus? 
Que constelação é esta? 
É Andrômeda?

-Não sei Milesiano, é a arena que decide onde será a batalha.
Não me recordo de ter visto esta constelação antes.

-Veja, Tráctus.
Olhe ali adiante.
Está vendo aquelas três estrelas cintilantes?

Milesiano e Tráctus se olham compartilhando um mágico segredo.
Baltar e Megannor começam a luta.

-Está vendo a beleza desta constelação, guerreiro de leão.
Olhe bem, contemple esta imensidão.
Pois esta será tua última visão no universo.

Megannor se concentra, e o símbolo de sua estigma surgi no meio das estrelas.
Baltar estranha pequenos espirais de terra que começam a se unir.
Os espirais formam vários meteoritos.
No momento em que Megannor abre os olhos, os meteoritos são lançados em Baltar. Que tenta se proteger de todas as maneiras.
Ele então consegue se livrar da chuva de meteoritos.
Está ofegante.
Ao olhar para Megannor, é surpreendido pelas energias que saem das mãos do guerreiro de touro, o atingindo bem no peito.
Baltar leva as mãos ao nariz e sente uma forte dor em seu coração.
Sua armadura está incandescente e pequenas rachaduras começam a ruir.

-Tu não vais reagir, guerreiro de leão?
Esta é a luta mais fácil que já enfrentei.
Onde está tua coragem agora?
Os guerreiros de tua estigma, devem estar se sentindo humilhados por tua postura.
Tu nunca serás um guerreiro universal.

Milesiano balança a cabeça de um lado para o outro.
Tráctus o consola, colocando a mão em seu ombro.
Enquanto que os guerreiros bradam dentro da arena.
A maioria dos guerreiros, torcem por Megannor.
Os demais ficam em silêncio.
O impiedoso Megannor então prepara seu golpe final, e Baltar ouve uma voz que lhe diz:

-Não temas, Baltar.
Acredite em teu poder.
Pois aquele que acredita em si, é capaz de vencer qualquer batalha.
A força do grande criador está presente na alma dos justos.

Baltar ouve as palavras de seu mentor guardião.
E uma força misteriosa surgi em seu âmago.
Megannor então dá o último aviso antes de atacar.

-Pelo menos mostre que é honrado, guerreiro de leão.
Erga sua cabeça ao ser executado por um guerreiro supremo.
Honre sua morte!!!!!

Megannor abre os braços e concentra toda sua energia.
Ele então ergue os braços para cima, juntando as palmas das mãos.
Uma forte luz surgi em seu peito, projetando sua estigma.
Baltar está com a cabeça baixa.
Ele então olha para o imenso touro que está se formando á sua frente.
Megannor dá um passo para traz e abre os braços.
A magia é liberada, e o touro em forma de energia atinge Baltar, com a velocidade de um relâmpago.
Todos levantam na arena, Milesiano então grita.

-Baltaaaaar!!!!!
Naaaaaaõ!!!!!!!

A poeira cósmica vai desaparecendo lentamente.
Baltar aparece ajoelhado com sua armadura toda rachada, e perdendo os pedaços. Megannor não compreende porque Baltar não foi pulverizado ao ser atingido por sua extrema magia.
O jovem então se ergue.
Ele está com os olhos fechados.
Derrepente, uma luz azul surgi no meio de sua testa, e vai tomando conta de todo seu corpo.
Tráctus leva as mãos a boca, e diz espantado.

-Veja, Milesiano.
A armadura de Baltar está ficando azul.
Que energia poderosa é está, grande mago?

Milesiano também não acredita no que está acontecendo.
E num estado hipnótico, diz ao juiz libriano.

-É o fogo sagrado, Tráctus.
O fogo sagrado!!!

Neste momento, Baltar abre os olhos, e duas chamas azuis surgem, uma de cada lado. Uma luz intensa e poderosa ilumina toda a constelação que eles estão.
Megannor está paralisado, pois nunca havia visto tamanho poder.
Baltar estica seu braço direito e as duas chamas começam a girar, formando um imenso tornado de luz azul.
As três estrelas brilham intensamente e começam a se unir.
Ao se unirem, as estrelas formam um grande sol azul e iluminado.
A arena de vidro começa tremer, e as luzes em seu interior aumentam.
Baltar então lança sua magia.
O fogo azul lançado por ele forma um imenso leão de energia, que atinge Megannor fulminantemente. 
O guerreiro taurino absorve toda a energia lançada por Baltar.
Sua armadura então começa a rachar.
Megannor prevê o seu destino.
E ao perceber que a batalha já havia sido vencida, grita seu último brado.
Que ecoa por todo o Cosmos.
Seu corpo então explode, enquanto seu berro ecoa no espaço.
Tráctus finalmente percebe que energia era aquela.

-Não pode ser.
Baltar gerou a chama de Orion.
O fogo sagrado do criador.
Baltar é mais poderoso que um guerreiro supremo.

Milesiano responde com uma sábia confirmação.

-Eis o nobre guerreiro que eu estava procurando.

Os fragmentos da armadura de Megannor vão desaparecendo no espaço.
Á frente do guerreiro azul há somente uma alma escura refletida em um corpo magro e com os olhos tristes.
Baltar está diante do que Megannor havia se tornado por sua ambição e suas maldades. Neste momento, um ser misterioso e sombrio, surgi ao lado da alma de Megannor. 
Ele segura um cajado.
Seus olhos são avermelhados e assustadores.
Ele olha para Baltar e o reverencia com a cabeça.
A criatura então ergue seu cajado e um imenso portal aparece.
Ao abrir o portal, um som perturbador surgi no espaço.
São gritos de sofrimento e angustia.
Baltar olha através da fenda que se abre e enxerga as labaredas de fogo que emergem de dentro do portal.
O ser maligno então prende a alma de Megannor á uma coleira de energia, e o arrasta para dentro daquele mundo demoníaco. 
O portal se fecha e some no meio do cosmos.
O mentor guardião de Baltar aparece.
Ele usa um manto azul e tem uma marca no braço.
Uma meia lua ao lado de uma espada virada para cima.
Ele usa uma túnica cobrindo todo o rosto, e Baltar só consegue ver seus olhos.
O guardião olha para o jovem, e depois de reverencia-lo com o sinal das três doutrinas, desaparece.
Neste momento, a luz dourada surgi no cosmos e projeta Baltar de volta para a arena de vidro. 
Todos estão perplexos olhando para ele.
Milesiano lhe dá um forte abraço fraterno, seguido de um beijo na testa.
Todos os guerreiros começam a gritar o nome do grande guerreiro azul.
Seu mestre então lhe diz:

-Não tive dúvidas de que vencerias.
Quando te olhei em Gadir, vi que tu eras o guerreiro que eu estava procurando.

-Só segui meu instinto, mestre.
Confiei em minha força.
Não para provar que sou o mais poderoso, mas sim para provar que o mundo é dos justos.

-Pois agiu sabiamente, filho.
És merecedor.
Acho que tem alguém que deseja ver-te.

Baltar vira-se e vê o maior motivo de seu brio.
Átima caminha em sua direção com um belo sorriso nos lábios, e um brilho luminoso no olhar.
Depois de um forte e demorado abraço ela diz:

-Jamais iria me perdoar se te perdesse nesta batalha.

-Mesmo se me perdesse me encontrarias novamente.

Os dois se olham com um olhar mágico e recíproco.
E em meio a esperança que renasce no mundo dos quatro regente.
Baltar e Átima se beijam.
Selando o desejo de suas almas apaixonadas.



Amor gravitacional 🌅



-Quando despertei na pirâmide branca e a guerreira virginiana contou-me que tu havias desafiado Megannor na arena de vidro, percebi que meus sentimentos eram verdadeiros. 
Ao olhar dentro dos teus olhos quando estava indo para batalha, enxerguei algo que nunca havia enxergado antes.
Senti algo que nunca havia sentido.

-E eu que pensei que tu nem tinhas reparado em mim, nem tivesse ouvido meu nome. Vejo que tenho muito a aprender com meu mestre.

-As mulheres têm seus segredos, doce príncipe.
Quando escondem os sentimentos, é porque estes são preciosos para elas.
Quando eu estava presa na gaiola, pude sentir tua presença.
Senti um alívio em minha dor.
Tu és um presente enviado para mim, Baltar.
Tenho certeza que nos reencontraremos no mundo azul.

-Meu mestre disse, que quando eu voltar para o mundo azul não me lembrarei de nada disso. 
Que tudo que estou vivendo aqui e nas outras dimensões será como um sonho, apenas um sonho. 
Tenho certeza que me lembrarei de ti, deste sorriso iluminado, e desta estrela mágica que tens no rosto.
Eu te encontrarei novamente, Átima, nem que eu tenha que navegar por todos os mares da esfera azul.
Te encontrar aqui neste mundo, não foi apenas um encontro marcado pelas mãos do destino, mas sim um encontro marcado pelo grande criador.

Os dois se beijam novamente.
Nêmeros e Tráctus, se aproximam.
O juiz libriano então comenta.

-Agora entendo porque a arena escolheu a constelação de Orion para tua luta.
As mulheres não resistem aos teus encantos, não é mesmo, guerreiro azul?

-Aquela era a constelação de Orion?
Aquelas três estrelas eram realmente mágicas.

-Tua magia é a mais nobre que já surgiu no mundo dos quatro regentes, Baltar.
Nunca a chama de Orion havia despertado neste mundo.
Achávamos que isto jamais iria acontecer.
O conselho supremo o convida para governar nosso mundo e ser nosso imperador universal.

O príncipe olha para Átima e para seu mestre, que sabiamente lhe diz.

-Ao gerar a chama de Orion naquela constelação, tu te tornas-tes mais que um guerreiro supremo.
És livre, Baltar, para fazer tua escolha.

-Se eu ficar morrerei no mundo azul, mestre?

-Se decidires ficar aqui, terás que interromper tua vida no mundo azul.
As leis universais não permitem que tu vivas com tua essência em dois mundos ao mesmo tempo.
Não te esqueças que estamos aqui só de passagem.

O príncipe então responde a Tráctus.

-Tenho minha missão para cumprir no mundo azul, juiz libriano.
Sinto-me honrado por este convite, mas acredito que agora as leis universais serão respeitadas, e que vós governará sabiamente seu mundo.

-Qualquer escolha que fizesse, seria uma escolha nobre, guerreiro.
Acredito que o mundo azul necessita muito de tua força e de tua coragem.
Quando voltares aqui novamente, verás tua estátua de ouro ao lado da grande Deusa Orion.
Teu nome ficará para sempre gravado nas linhas do tempo.

Milesiano aproxima-se do jovem e o lembra que está na hora de seguir adiante.

-Precisamos ir, Baltar, ainda tens outras dimensões para conhecer.

Os dois se despedem de Tráctus e de Nêmeros.
Eles então acompanham Átima até as pirâmides azuis.
Também é chegada a hora dela voltar para casa.
Ao chegarem na entrada das pirâmides, os dois fazem uma última promessa.

-Em breve acordarei no mundo azul com a tua imagem em minha lembrança e teu beijo em minha boca.
Sinto que nos encontraremos muito em breve, meu amor.

Baltar não diz nenhuma palavra.
Com seus olhos lacrimejados, ele simplesmente a agarra forte e lhe dá um beijo ardente e apaixonado.  
Ao descolarem-se os lábios, Átima dá um passo para traz e vai para o centro da pirâmide. 
Neste momento, uma luz surgi no chão e nas paredes, aumentando cada vez mais sua intensidade.
Átima então sorri, e desaparece lentamente.

-Será que eu a encontrarei de novo, mestre?

-Seus destinos já estão traçados, Baltar.
Vocês dois são um só.

-Como assim, mestre?

-São almas gêmeas, Baltar.
Vocês foram criados juntos, e um dia serão unidos novamente.

-Almas gêmeas?

-Quando o grande criador criou as essências, ele as dividiu em duas partes.
Quando tu foste criado na chama da vida, dividiu-se em duas metades.
Muitas almas gêmeas se encontram no mundo azul, e também em outras dimensões. 
Dizem que ao atravessarmos o oitavo portal, encontraremos nossa outra metade.
E estas duas essências se unirão novamente, e seguirão juntas para continuar sua evolução.

-Estou definitivamente entregue a paixão, mestre druida.
Ela é linda, e seu sorriso é tão mágico.
E o beijo  dela?
Não consigo esquecer aquele beijo.
Como eu queria que ela estivesse em meus braços agora.
A amaria profundamente.

-Não te preocupes, Baltar.
Não te faltará oportunidade.
O dia que praticares alquimia nas dimensões superiores, saberás o que é fazer amor de verdade, pois tu farás o amor gravitacional.

-Amor gravitacional?

-Lembra-te quando estávamos flutuando no espaço?

-Sim mestre.

-Pois multiplique esta sensação um milhão de vezes.
 Isto é o amor gravitacional.
A profunda alquimia que transcende o corpo e a alma.
Fazendo com que dois seres sejam completamente realizados.
A mulher é o bem mais precioso do universo Baltar.
Todas devem ser amadas e realizadas no amor.
Cabe a nós homens as realizarem por completas, as conduzindo-as ao amor gravitacional.

-Tu fostes um grande alquimista não é mesmo, mestre?

-Não entendi este comentário, príncipe fenício.
Achas que porque estou velho, não pratico mais alquimia?
Pois saibas, que muitas mulheres ainda brigariam por mim, e eu seria capaz de conduzi-las ao mais profundo êxtase, apresentando-as ao verdadeiro fogo do desejo. Ao mais suave hieros gamos.
Já conduzi muitas princesas, e até mesmo Deusas ao amor gravitacional.
Inclusive uma linda guardiã lunar.

-Astartéia? 
Quer dizer que o senhor e Astartéia......
Não posso acreditar, mestre?

-Eu recém havia despertado o poder de minha estigma quando conheci esta linda guerreira lunar.
Certa vez fizemos amor nas crateras da lua, banhados por uma chuva de estrelas.  
Foi um momento mágico. 
Ela era linda, e sua energia era muito poderosa. 
Devo confessar-te, Baltar, que Astartéia despertou grande parte de minha energia alquímica. 
Fazer amor com ela, era como voar livremente no infinito espaço.
O tempo parava em qualquer dimensão que estivéssemos.

-O senhor a amava, mestre?

-Meu coração e minha alma, pertenceram somente a uma única mulher.
Tive várias amantes ao longo de minha vida, e olha que eu tenho mais de mil anos. 
Muitas sacerdotisas foram iniciadas por mim, mas nunca pude lhes dar o amor que almejaram ter.
O amor que só senti por uma única mulher.

-Este amor não foi recíproco?

-Quando tudo parecia belo e perfeito, por uma trapaça do destino, a perdi.
Ela foi levada de mim.

-Ela morreu?

-Aprisionou-se na escuridão.
Talvez um dia, em outro mundo, em outro lugar, eu tenha uma nova chance, para amá-la novamente.

- Ela é tua alma gêmea, mestre.
Um dia suas essências se encontrão, e voltarão a se unir.

-Quem sabe, Baltar.
O que o destino nos reserva?
Cada essência tem sua importância neste universo.
Tudo tem uma razão para acontecer.

-Onde são geradas as essências, mestre?

-No mundo que estamos prestes a entrar.
O mundo celestial.
Também conhecido como o mundo dos anjos.
Que fica na quinta dimensão.

-Me daria permissão para abrir este portal, mestre Milesiano?
Será que eu poderei abri-lo?

-Depois que geraste a chama se Orion no mundo dos quatro regentes, não duvido de mais nada.

Milesiano projeta um coelbren e o entrega pra Baltar.
Que agora está vestindo uma túnica azul.
Ele então ergue o bastão de cristal para o céu, e pronuncia o mantra mágico:

-Harpócrates....

The Orion Flame








Alexsandro Ribeiro 🔮









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