quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Além das colunas de Hércules 👑





Além das colunas de Hércules 👑


-Homens!!!
Estamos atravessando as grandes colunas de HĂ©rcules.
A lenda diz que HĂ©rcules, em um de seus doze trabalhos.
Partiu esta grande montanha.
Transformando-a em um estreito.
As duas colunas que separam as grandes ilhas.
Também como sabemos.
Aqui era o grande eixo que ligava a cidade perdida de Atlântida.
Em respeito a estes guerreiros.
Façamos uma prece.
Para que os ventos soprem nossa vela.
E ao atravessarmos as colunas de HĂ©rcules, nos guie sabiamente.

O príncipe Baltar pede para que o rei conte-lhes a estória do desaparecimento de Atlântida.
Que por sua vez, passa a palavra para Milesiano.
O anciĂŁo aproxima-se dos demais.
E após um longo suspiro, declame-se com uma voz poderosa e poética.

Há milênios de anos atrás.
Logo em frente ás duas colunas de Hércules.
Na extensĂŁo do grande mar.
Existia uma imensa ilha coberta de vulcões.
Sua planície era como grandes anéis
Onde os rios misturavam-se ao mar.
No centro da ilha havia um palácio, coberto de ouro.
O capitólio de Atlântida.
Na entrada havia um imenso portal, todo talhado em ouro.
E seus jardins eram cobertos de lĂ­rios brancos.
Que pareciam lençóis de seda estendidos no chão.
Suas fontes eram de mármore, e a água era transparente como cristal.
Pura e cheia de vida.
Haviam também palácios dourados, cobertos de ametistas.
Uma arquitetura e engenharia elaborada por grandes mestres.
A cidade era composta de canais concĂŞntricos.
No centro, havia um grande monte.
E no topo deste monte
ConstruĂ­ram um gigantesco templo para a Deusa Orion.
Fizeram uma estátua de ouro da Deusa de Atlântida.
Com nove leões á sua frente.
Orion olhava para o horizonte.
Que era localizado na outra extremidade do capitĂłlio.
Onde havia outro templo.
Este era maior.
E dentro deste templo, fizeram uma estátua para o grande criador.
Uma gigantesca mão aberta de ouro maciço.
Dizem que ao longe, era possĂ­vel ver Orion olhando para a mĂŁo do criador.
Como se ela estivesse olhando para si mesma.
AlĂ©m dos templos, dos palácios,  e de suas casas em formas ovais.
Haviam também arenas.
Onde os atlantes treinavam seus exércitos, e realizavam seus magníficos jogos.
Os homens atlantes vestiam tĂşnicas azuis.
E as mulheres vestiam tĂşnicas brancas.
Moldadas por braceletes e cintos de ouro.
Os mestres usavam túnicas douradas e lilás.
Os soldados vestiam tĂşnicas azuis marinho.
E seus elmos, braceletes, e cinturões eram de prata.
No peito usavam uma armadura com o símbolo de Atlântida.
Duas espadas formando um triangulo.
Com um leĂŁo e um lĂ­rio no meio.
Construíam pirâmides de cristais.
Para canalizarem as forças cósmicas
Que existem alĂ©m da  esfera azul.
Utilizavam as energias do sol, da lua, e dos ventos.
E criaram um condutor de energia
Utilizando as águas do mar.
Cultivavam a terra.
Fazendo com que germinasse qualquer semente que fosse plantada.
Nos campos e nas florestas, haviam animais de várias espécies.
Até mesmos animais sagrados, como cavalos alados, dragões, unicórnios e tigres dente de sabre.
Eram grandes conhecedores das estrelas.
E através do alinhamentos das esferas, faziam suas previsões.
A civilização de Atlântida, além de ser evoluída, era muito disciplinada.
Respeitavam as leis da natureza.
Desvendando todos os seus mistérios e segredos.
Eles eram capazes de realizar feitos incrĂ­veis.
Os atlantes,  alĂ©m de serem inteligentes, eram valentes guerreiros.
Eram poderosos em combate.
Suas armas e suas técnicas eram perfeitas, e invencíveis.
Dizem que além de dominarem a grande ilha.
Dominavam também as profundezas dos mares.
Tinham um vasto conhecimento sobre as plantas e os elementais.
Portadores de uma grande magia.
Seu povo vivia em harmonia.
Enquanto a maioria dos homens que habitavam as outras ilhas matavam-se uns aos outros,  os atlantes evoluĂ­am com sabedoria.
Eles já estavam em sua quinta dinastia.
E eram governados pelo sábio rei Cronos.
Um dos mais nobres reis de Atlântida.
Nesta Ă©poca de ouro na era de gĂŞmeos.
Várias outras cidades também já haviam evoluído.
Tinham suas leis e suas doutrinas, e contemplavam seus Deuses.
Todos respeitavam Atlântida.
Por ser uma das terra mais antigas deste mundo.
E muitos reis distantes, queriam se aliar a esta ilha abençoada pelos Deuses.
Assim como alguns almejavam receber os ensinamentos dos sábios atlantes,
Tinham também aqueles que os invejavam
E sonhavam em conquistar sua grande ilha.
De todos os povos que os atlantes se consolidavam, os mais amigáveis e nobres eram os troianos.
O povo de TrĂłia,  alĂ©m de receber os sábios ensinamentos dos atlantes.
Também recebiam valiosos presentes de seus nobres amigos.
Entre eles, um lindo cálice de ouro, coberto de esmeraldas e diamantes .
Com o sĂ­mbolo real de Cronos.
Entregue por suas prĂłprias mĂŁos.
Um dos povos que mais invejavam este recĂ­proco elo de amizade eram os atenienses. 
Os habitantes de Atenas também eram sábios e poderosos guerreiros
E assim como TrĂłia.
Queriam se aproximar de Atlântida.
A primeira vista, foram gentis.
Os atlantes entĂŁo permitiram sua visita.
Selando um elo de amizade.
Os atenienses ficaram admirados e surpresos com os progressos e tecnologias dos atlantes. E tambĂ©m com sua luxuosa cidade coberta de ouro e pedras preciosas. 
Vendo que eram um povo de paz, apesar de seus bravos guerreiros treinados nas artes da guerra. 
Planejaram então uma invasão a Atlântida.
A fim de dominar a cidade, saquear suas riquezas, e desvendar seus segredos.
E assim houve a primeira guerra entre Atlântida e Atenas.
E depois de tantas guerras.
A idade de ouro transformou-se na idade das sombras.
A exemplo de Atenas.
Muitas civilizações se enfrentaram pela conquista de terras e riquezas alheias.
E há duzentos anos tivemos mais uma prova desta decadência.
Em uma das batalhas mais incrĂ­veis de nosso tempo.
Quando Esparta conquistou e derrubou a grande TrĂłia.

-Ishtar sacode a cabeça discordando de Milesiano.

-Mas mestre druida, nĂŁo foram os atlantes que invadiram Atenas?
E durante várias guerras os atenienses os expulsaram?
E logo após Atlântida desapareceu, como um castigo dos Deuses.
Por quererem conquistar todas as terras e escravizar vários povos.

-Isto Ă© o que dizem as lendas gregas, Ishtar.
A lenda de Atlântida está ligada a historia dos antepassados de vocês.
Os egĂ­pcios.

Mais uma vez Isthar discorda.

-Os egĂ­pcios? 
Mas mestre druida, nossos antepassados sĂŁo os cananeus.

- E de onde achas que vieram os cananeus, Isthar?
Há um grande mistério que envolve o Egito e Atlântida.
Existe uma lenda recente que talvez vocês ainda não a conheçam.
Há alguns anos atrás, uma ateniense chamada Heticía foi até o Egito.
Em busca de pergaminhos e escrituras antigas.
Em sua passagem por lá, ouvirá falar de um sacerdote da Deusa Neit
Que vivia em Sais
Protegendo o grande legado Atlante, e sua verdadeira estĂłria.
HeticĂ­a encontrou o sacerdote, que a ela contou toda a estĂłria dos atlantes
E de sua magnĂ­fica ilha.
Uma estória que até então para ela era desconhecida.
Ele falara que as escrituras sagradas com todos os segredos e as historia dos atlantes. Estavam escondidos em algum lugar em Gizé.
E que aquele que desvendasse o grande enigma da esfinge.
Encontraria este valioso tesouro.
Heticía levou esta lenda até Atenas.
Mas os atenienses nĂŁo a viram com bons olhos.
Pois desvirtuava as lendas antigas de seus antepassados.
Que diziam que os atlantes eram maus.
E foram expulsos e amaldiçoados pelos seus Deuses.
HerĂłis e Deuses.
Que na verdade eram guerreiros da antiga Atlântida.
Eles entĂŁo, em um ato cruel e covarde
Silenciaram HeticĂ­a.
Para que este segredo nĂŁo fosse revelado.
Mas ela sabia que poderia morrer por este ideal.
Sabendo disto,  esta sábia guerreira registrou tudo em um pergaminho
E entregou  a um legislador ateniense de sua confiança.
Para que este o guardasse com segurança.
E entregasse somente para aquele que realmente quisesse saber sobre a verdadeira historia de Atlântida.

-O que estas dizendo, mestre druida?
 Que o grande Apolo, HĂ©rcules, Poseidon, Aquiles e atĂ© mesmo Zeus, eram atlantes?

-Acredite, fenĂ­cio Isthar.
Muitos destes guerreiros eram descendentes dos nobres e bravos atlantes.
Atlântida é muita mais antiga do que pensas.

-E Helena de TrĂłia?
Não vais me dizer que a mulher mais bela do mundo era de Atlântida?

-Posso lhe afirmar que as mulheres atlantes eram tão belas, ou até mais belas que a linda rainha troiana.

-Moloch apĂłs beber um gole de vinho pergunta ao celta.

-Como a cidade perdida de Atlântida desapareceu nas profundezas do mar, mestre druida?
Ela foi mesmo engolida pelas águas?
Os Deuses a castigaram?

- Houve um dia em que o céu cobriu-se de escuridão em pleno dia.
A terra tremeu em um brado desesperador.
Os vulcões de Atlântida emergiram seu fogo.
Como se avise abrido as trevas nas profundezas da terra.
Uma forte tempestade surgiu no mar
E as estrelas pareciam que iam cair do céu.
No dia seguinte, Atlântida havia desaparecido
E a terra cobriu-se de gelo.
Ficando coberta por esta nevasca por vários séculos.
A grande ilha foi sugada pelo mar.
E junto com ela sua historia.
A historia dos atlantes, e o grande segredo de sua magnífica e mágica cidade.

A trirreme fenĂ­cia cruza as colunas de HĂ©rcules.
Hamilcar percebe estranhos redemoinhos no mar, e comenta ao rei Hannon.



Monstros no mar 🌊


- Majestade?
Há alguma coisa de estranho no mar.
Os remadores estão sentindo que as águas estão mais pesadas.
E redemoinhos estĂŁo se formando em volta da trirreme.
Os ventos pararam de soprar.
Nunca estivemos por estas águas antes.
Quais sĂŁo suas ordens, majestade.

-Diga para que os remadores subam ao convés.
Se as águas estão pesadas, não vamos forçá-los.
Falarei com Milesiano.
Ele conhece estes mares.
Talvez possa nos ajudar a mover os ventos com sua magia.

O rei entĂŁo vai ao encontro de Milesiano.

-Milesiano?
Meus homens estĂŁo assustados.
Temem este mar, que para nĂłs Ă© desconhecido.
Tu sabes o que podes estar acontecendo?
E que redemoinhos sĂŁo estes envolta da trirreme?

O druida chega á proa do navio
E com seu bastĂŁo de cristal, tenta se comunicar com o mar.
Neste momento, os ventos sopram fortemente.
A trirreme começa balançar.
Os homens se desesperam.
Começam a gritar.
Um deles avista uma onda imensa
Vindo em direção a trirreme, derrepente, ao lado do navio.
Surgi um monstro gigantesco.
E logo em seguida vários outros.
Os homens gritam cada vez mais.
Pois nunca haviam visto aquelas criaturas marinhas.
As nuvens fecham-se no céu.
E a ondulação que os monstros fazem nas ondas, ao saltarem das águas, mergulhando novamente, causa ainda mais pânico.
Milesiano está em estado de trance, e flutua sobre a trirreme.
Envolto a raios e trovões.
Baltar junto a seu pai, tenta acalmar a tripulação.
Os monstros estĂŁo cada vez mais enfurecidos no mar.
A grande trirreme fenĂ­cia parece um pequeno barco perto das criaturas gigantescas. 
EntĂŁo Hannon grita:

-NĂŁo vamos entregar nossas vidas a estes monstros do mar.
Vamos lutar!!!!
Hamilcar, reĂşna os homens.
Diga os para prepararem as lanças.
Enfrentaremos estes demĂ´nios.
Se vamos morrer, entĂŁo morreremos lutando.
Que Astartéia nos proteja.

Baltar se junta aos homens.
Que armados com as lanças.
Começam a atacar os monstros.
Neste momento
Milesiano volta a si, e aproxima-se gritando.

-NĂŁo derramem o sangue destes animais!!!

- O que estas dizendo, velho druida?
Estas louco?
NĂŁo estas vendo que se nĂŁo lutarmos, iremos morrer.

Milesiano entĂŁo diz:

-Ishtar, percebe-se que tu Ă©s um assassino
Acostumado a derramar sangue inocente.
NĂŁo vĂŞs que estas criaturas estĂŁo tĂŁo assustadas quanto vĂłs.
Tenham calma homens.
Se atacarem, eles também revidarão, e não teremos chances.
Hannon, peça para que seus homens afastem-se e recolham suas lanças.

Hannon dá a ordem para que os homens obedeçam Milesiano.
Baltar abre os braços, impedindo que os guerreiros mirem nos monstros.
Ishtar salta á frente de Baltar
E lanca o arpĂŁo.
Milesiano o surpreende com sua magia.
Ele lança um raio através de seu coelbren.
Atingindo o arpão que Ishtar havia lançado.
Derrepente, as nuvens descobrem o céu.
A tempestade recua.
Então vários golfinhos aparecem e espantam os monstros.
Milesiano caminha em direção a Hannon.
Que está ofegante e assustado.

-Estes gigantes animais sĂł estavam assustados.
NĂŁo nos fariam mau.
Fomos nĂłs que invadimos seu territĂłrio.

-Nunca havia visto tais animais como estes.
Pensei que irĂ­amos morrer.
Perdoe-me, sábio Milesiano.
Por ordenar aos homens que atacassem.
Mas que tipo de monstros sĂŁo estes, mestre druida?
Nunca imaginei que poderiam existir tais criaturas assim no mar.

-SĂŁo apenas os ancestrais das baleias.
Que aqui neste mar ainda sobrevivem.
Seu tamanho assustam qualquer navegador que os encontra.

O prĂ­ncipe fenĂ­cio pergunta ao anciĂŁo como ele fez para que os animais se acalmassem.

-O que fizeste para acalmar os monstros, mestre, druida?

-Tentei comunicar-me com eles telepaticamente.
Mas algo me impedia.
EntĂŁo tive de me expandir para mais longe.
Encontrei os golfinhos, e pedi-lhes ajuda.
Os golfinhos são os animais mais sábios do mar.
Eles tem um grande poder telepático.
Os demais animais marinhos os respeitam muito.
SĂŁo conhecidos como os PrĂ­ncipes dos mares.


The Orion Flame






Alexsandro Ribeiro đź”®

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